As suas ruas já nos são familiares graças aos filmes, o sistema educativo foi durante anos exemplos a seguir, mas há mais para sentir a capital finlandesa.

Os ares do báltico, que se saiba, não têm cheiro.
Respira‑se fundo e algo entranha‑se em nós. Repetimos, ou repetimos para nós próprios, não têm cheiro. Fechamos os olhos e aí sim, aqueles ventos afinal trazem mesmo uma aragem marítima, uma aragem do mar do Norte. Em Helsínquia, o olfato do visitante é muitas vezes posto à prova. Uma cidade de muitos cheiros: dos canais, do mar e dos jardins frescos. É por aí que é bom começar a explorar as ruas e ruelas que nos vão trazer outros cheiros, como os aromas das saunas, instituição para além do sagrado, do peixe frito da praça central e dos cafés elegantes do centro.

Chegar em 2015 a Helsínquia é chegar a uma cidade que sabe ser honrosamente dos dias de hoje sem ser futurista. A cidade do design moderno mas que não tem assomos utópicos ou distopianos, uma cidade que, surpresa das surpresas, insiste em aparar e conservar todas as suas marcas dos anos 1970. Um toque intemporal que não quer dizer «parada no tempo». É uma capital que tem uma identidade própria mas que evoca um estilo russo, mais propriamente da cidade vizinha, São Petersburgo (aliás, produções de Hollywood como Reds, de Warren Beatty, e Doutor Jivago, de David Lean, utilizaram estas vistas como dupla de Moscovo e São Petersburgo).

Leia a reportagem completa na edição de dezembro.
Já nas bancas ou no quiosque digital.

Texto de Rui Pedro Tendinha - Fotografias de Nuno Filipe Oliveira
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