Revista Volta ao Mundo: as melhores viagens

Viajar com alguém pode tornar uma paixão eterna ou acabar com ela.

A frase feita «nunca se conhece verdadeiramente alguém até viajar com essa pessoa» tem mais verdade do que é habitual nas frases feitas. Em viagem, as pessoas ficam mais à flor da pele. Expetantes e básicas. Regressam, em parte, a um estado selvagem – mesmo se viajar é sobretudo um ato cultural. Saem da sua zona de conforto. E, por muito que estejam calejados pelas anteriores viagens, alguma coisa acontecer-lhes-á sempre pela primeira vez.

É também por tudo isto que nunca se deve entrar numa relação séria com alguém sem ter viajado com essa pessoa. Não espantem o tom de consultório sentimental que, de repente, está a tomar este editorial da vossa revista de viagens. É que estamos no mês dos namorados, do famigerado Dia de São Valentim, que se espalhou por todo o planeta e se tornou mainstream. Nesta edição fazemos algumas sugestões, dessas sobretudo clássicas às mais aventureiras, onde ainda pode marcar uma viagem romântica. Ou não. Lá está: uma viagem a dois pode ser a primeira da vida de casais muito felizes, ou pode ser, muito rapidamente, o princípio do fim de uma relação. Observar no outro uma falta de curiosidade que desconhecíamos, nervosismo que se transforma em má educação, ou o simples hábito de chegar sempre atrasado – pormenores que podem arrasar com imagens construídas em séries de jantares românticos e controlados.

Mas não vamos ser pessimistas. Segundo a ciência, há coisas que acontecem numa viagem que favorecem o romance – o já existente ou um que aconteça. A adrenalina, a abertura ao mundo que uma viagem traz, tudo isso liberta energia que pode ser canalizada para o amor. Aproveitem.

Catarina Carvalho, diretora
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