A China transformou uma antiga central nuclear em atração turística. E se a abertura de uma antiga central nuclear ao público seria sempre notícia, esta ainda mais. Afinal trata-se da maior caverna artificial do mundo.

China 816. Era este o nome de código da antiga central nuclear subterrânea construída no município de Chongqing, no sudoeste do país. Projetada na década de sessenta do século passado, em plena Guerra Fria, foram precisos 17 anos e cerca de 60 mil soldados para que os trabalhos fossem dados por concluídos. Uma tarefa hercúlea até por se tratar da maior caverna artificial do mundo (palavras dada pelas autoridades locais) com uma área de 104 mil metros quadrados, uma extensão de mais de 20 quilómetros e 130 túneis, escavada precisamente numa região conhecida pelas suas montanhas e pela geografia acidentada.

O município de Chongqing fica no distrito de Fuling, região conhecida pelas suas grutas e cavernas. Muitas delas foram transformadas em locais de entretenimento ou restaurantes.

O objetivo da construção é fácil de adivinhar: produzir plutónio e preparar o país em caso de novo conflito mundial. Felizmente tal nunca chegou a acontecer, tal como o nunca se chegou a produzir plutónio (garantem eles, mais uma vez), tornando-se uma fábrica de produtos químicos – em produção até 2002.

Agora tem uma nova vida, com as portas a abrirem-se a cidadãos nacionais e a estrangeiros.

Por João Ferreira Oliveira – Fotos Direitos Reservados

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