Ryanair

A companhia irlandesa Ryanair, abalada por um cancelamento alargado de voos, vai propor aos seus pilotos um bónus para que renunciem a dias de descanso, indicou uma fonte citada hoje pela AFP.

«O bónus está relacionado com a renúncia a dias de férias» e não à tentativa de reter pilotos, disse uma fonte próxima do caso, confirmando uma informação do jornal belga La Libre Belgique. A Ryanair e o sindicato irlandês dos pilotos foram questionados pela AFP, mas não comentaram o caso.

O jornal cita um documento interno segundo o qual a companhia propõe um «bónus» de 12.000 euros aos comandantes e 6.000 aos co-pilotos se tiverem contratos pelo menos até ao fim de outubro de 2018. Em troca, a companhia exige que possam ficar disponíveis em 10 dias durante as férias, refere La Libre Belgique.

O artigo foi publicado numa altura em que a Ryanair enfrenta uma onda de críticas, depois de ter anunciado na passada sexta-feira o cancelamento de 40 a 50 voos por dia com efeitos imediatos e até ao fim de outubro, num total de 2.000 ligações.

A companhia apresentou desculpas e publicou na segunda-feira à noite a lista completa das anulações previstas. Entre os motivos avançados para justificar a decisão, a Ryanair apontou mudanças nas férias dos tripulantes.

Segundo a AFP, desde o início do ano, 140 pilotos deixaram a Ryanair para integrar a companhia de baixo custo Norwegian Air. Na segunda-feira, o presidente-executivo da Ryanair, Michael O’Leary, assegurou que o cancelamento de voos nas próximas seis semanas não se deve a falta de pilotos, mas a um «erro» na distribuição de férias. O’Leary disse que foram menos de 100 os pilotos que deixaram a companhia.

Lusa


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