Caffè Florian emprega 80 pessoas e tem uma história de peso e tradição (Foto: AFP/Alberto Pizzoli)

O Caffè Florian, o mais antigo de Veneza, local histórico para escritores, artistas e políticos, esperava em dezembro planear a sua festa de 300 anos. Ao invés, enfrenta a ruína e corre o risco de encerrar.

Depois das cheias do ano passado, a pandemia de covid-19 transformou Veneza numa cidade fantasma e deixou o popular café da Praça de São Marcos em apuros.

“Vamos ficar abertos o máximo que pudermos, mas não podemos fazer mais do que isso”, disse Marco Paolini, diretor-geral Marco Paolini do Caffè Florian. “Veneza está de joelhos e a atividade do Florian foi devastada”, lamentou à agência AFP.

Fundado em 29 de dezembro de 1720 por Floriano Francesconi, os clientes do Florian incluem desde Wagner e Proust a Nietzsche, Charlie Chaplin e Andy Warhol.

Hoje emprega cerca de 80 pessoas, incluindo empregados de mesa poliglotas e sempre impecavelmente vestidos.

Veneza sofreu um grande revés no ano passado quando as marés atingiram níveis históricos, inundando a cidade. O Florian estava a iniciar a recuperação quando a pandemia de covid-19 surgiu em força.

Desde então, a ausência de turistas – a principal fonte de renda da cidade – mergulhou-a em um dos anos mais sombrios da história recente.

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