Foto: DR

Os picos de gelo das montanhas do Kilimanjaro, o ponto mais alto de África, poderão deixar de existir até 2050.

O alerta é da UNESCO, que pediu “rápidas medidas” para colocar ponto final no descalabro ambiental.

A UNESCO analisou 18.600 picos gelados em 50 locais Património Mundial e concluiu que um terço está condenado a desaparecer.

O ritmo acelerado de degelo ocorre desde 2000 devido às emissões de CO2, que estão aumentar gradualmente as temperaturas.

São 58 biliões as toneladas de gelo que derretem a cada ano, o equivalente ao uso anual combinado de água da França e da Espanha.

Tal fenómeno é responsável ​​por quase 5% do aumento global observado do nível do mar.

Em África, além do Kiminajaro, na Tanzânia, também o Monte Quénia está em perigo. Na Europa, os locais mais preocupantes são os Pirenéus e as Dolomitas.

Já na América do Norte, os parques nacionais de Yellowstone e Yosemite, nos Estados Unidos, constituem os problemas maiores.

Mas esta não é a única má notícia a afetar o Kilimanjaro. O fogo que há mais de duas semanas alastra naquela que é considerada a montanha sagrada de África continua ativo.

Centenas de polícias e voluntários foram mobilizados para conter as chamas, mas o sinistro continua sem dar sinal de tréguas.

Com uma área total de mais de 75 mil hectares, o Parque Natural do Kilimanjaro abriga um ecossistema com uma flora rica e uma fauna composta por elefantes, búfalos e antílopes, entre outras espécies de animais.

Partilhar