Conclusão das obras estava prevista para 2026, mas não será possível cumprir o objetivo (Foto: Lluis Gene/AFP)

Jordi Fauli é o sétimo arquiteto-chefe da icónica basílica Sagrada Família de Barcelona desde que Antoni Gaudí começou a trabalhar no monumento, em 1883. E tudo indica que não será o último.

Fauli estava indicado como o responsável pela conclusão da Sagrada Família, mas a pandemia atrasou os esforços para terminar esta obra-prima em construção há quase 140 anos.

Forçada a fechar portas em março de 2020 e sem fontes de receita, principal fonte de financiamento das obras, a meta de terminar os trabalhos até 2026 para marcar o 100º aniversário da morte de Gaudí está completamente afastada.

“Gostaria de ficar aqui por muitos mais anos, é claro, mas isso está nas mãos de Deus”, diz Fauli, 62 anos e desde os 31 a trabalhar no projeto, precisamente a mesma idade que Gaudi aquando do início dos trabalhos.

“Tive a sorte de projetar e ver a construção de todo o interior, depois a sacristia e agora as torres principais”, sublinhou à agência AFP.

Foto: Pau Barrena/AFP

Quando concluída, a ornamentada catedral terá 18 torres, a mais alta das quais com 172 metros de altura.

A segunda torre mais alta, com 138 metros e dedicada à Virgem Maria, foi inaugurada oficialmente este mês de dezembro. Milhares de pessoas compareceram à cerimónia, que coincidiu com o Dia da Imaculada Conceição.

É a mais alta das nove torres concluídas e a primeira inaugurada desde 1976.

Em 2019, a Sagrada Família recebeu 4,7 milhões de visitantes, tornando-se o monumento mais visitado de Barcelona.

 

Partilhar