No lado este de Faro existe uma região, onde outrora chorou uma moura encantada, capaz de o fazer voltar atrás no tempo. Um tempo em que o Algarve feito de casas brancas e telhados com chaminés rendilhadas antecederam os resorts e campos de golfe.

Situada a sensivelmente 30 km da fronteira espanhola de Aiamonte, junto ao rio Gilão, a “Veneza algarvia” inspira o autêntico charme português. Contrariando a tendência de outras cidades algarvias, aqui as grandes unidades hoteleiras são poucas e as igrejas são muitas. Os barcos de pesca ainda atravessam o rio e há a sensação de que o tempo é infinito.

No século VIII, à semelhança de todo o Algarve, Tavira foi conquistada pelos muçulmanos vindos do Norte de África e, juntamente com Silves e Faro, tornou-se num dos pontos mais importantes do Algarve árabe. Segundo uma lenda algarvia, quando o território foi recuperado aos mouros, o governador da região lançou um feitiço à sua filha, prendendo-a no Castelo de Tavira e prometendo voltar para a vir buscar. Incapaz de cumprir a promessa, a princesa moura ficou presa no castelo e todos os anos aparece na noite de São João, suplicando que a libertem.

Explorar Tavira pode ser um processo demorado e será mais fácil do que pensa desviar-se do percurso definido, seja a admirar os azulejos brilhantes das ruas, ou a observar pessoas junto ao rio – na Praça da República ou no Jardim do Coreto – em bancos que convidam ao repouso.

O Parque Natural da Ria Formosa, a reserva natural delimitada por um cordão de areias douradas estendido ao longo de 60 quilómetros de comprimento, oferece uma vista de deleite aos mais curiosos.

A uma curta viagem de ferry, cruzando dunas e riachos até chegar ao que resta de uma antiga comunidade da pesca do atum, a Ilha de Tavira guarda um paraíso chamado Praia do Barril, um largo cinturão de areia branca pintado por guarda-sóis e espreguiçadeiras coloridas, próxima à aldeia de Pedras D’el Rei, cujas casas pesqueiras foram convertidas em restaurantes, cafés e lojas.

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