A Airbus, o maior fabricante de aviões da Europa, apresentou uma ideia inovadora no mundo da aviação. A empresa pretende transformar o porão dos aviões em áreas para os passageiros descansarem, com camas e bares. Consegue imaginar?

Agora, em vez de um assento reclinável na cabine do avião, os passageiros poderão escolher um beliche no andar de baixo.

A Airbus juntou-se à empresa de design aeroespacial Zodiac para criar este conceito totalmente inovador, capaz de dar a opção aos passageiros de classe económica de trocar os bancos apertados por camas e sofás – ou passar algum tempo em mesas de trabalho ou em áreas próprias para as crianças. Mas os passageiros não poderão ter acesso à área do porão durante a descolagem ou aterragem.

Os projetos foram revelados na Aircraft Interiors Expo deste ano, realizada em Hamburgo no passado dia 9 de abril, juntamente com uma série de outras inovações.

Uma maquete das cabines de porão apresentou uma decoração minimalista e vários tipos de módulos, incluindo beliches, uma área de recreio com brinquedos para crianças e espaços de trabalho com salas de reunião e mesas. Os esboços também mostraram uma área com um bar e um centro de atendimento médico.

Segundo Geoff Pinner, head of cabin and cargo na Airbus, o convés inferior também poderá ser transformado num ginásio ou num restaurante de luxo.

«As companhias aéreas vieram até nós para perceberem como poderiam utilizar melhor o espaço das suas aeronaves. Com o uso de um deck inferior, elas também poderão gerar mais receitas sem terem de gastar dinheiro para trocar de aeronave ou adicionar assentos na classe executiva», disse Geoff Pinner ao TelegraphTravel.

«Num voo de longa distância, a companhia aérea poderá potencialmente alugar cada um desses espaços a um determinado número de passageiros em diferentes horários ao longo de um voo. Portanto, uma oferta da classe económica poderá vir com um complemento de uma cama para dormir», acrescentou.

Ainda não é claro se os passageiros poderão fazer um upgrade para um beliche a meio do voo, ou se precisarão de reservar um espaço previamente, como se fosse uma escolha normal de lugar. E como nenhuma companhia aérea anunciou, para já, a instalação dos beliches, é difícil dizer quanto custarão. O CEO da Qantas, Alan Joyce, indicou que a sua operadora está a explorar a ideia, ao introduzir «uma nova estrutura de quatro classes, com parte do compartimento de carga utilizado para camas».

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