O novo museu da Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, abre hoje, depois de dois anos e meio de construção, com experiências audiovisuais para que os visitantes reflitam sobre a liberdade no passado e na atualidade.

A ilha da Liberdade (Liberty Island), que recebe 4,5 milhões de visitantes por ano e onde está situada a icónica estátua, abre hoje um espaço de apresentação multimédia com objetos alusivos à história e à cultura popular criada à volta do monumento de 1886.

Em declarações à agência Lusa, o responsável pela gerência e manutenção da Estátua da Liberdade, John Piltzecker, disse que a construção do novo museu começou em outubro de 2016 e fez parte de um projeto de renovação de 100 milhões de dólares (89,2 milhões de euros) das ilhas da Liberdade e Ellis, financiado por donativos dados à organização sem fins lucrativos Statue of Liberty-Ellis Island Foundation.

«Estamos muito felizes por dizer que ao início da tarde de 16 de maio vamos estar abertos e, a partir daí, toda a gente é bem-vinda», disse também o gerente.

O museu inclui duas salas para apresentações cinematográficas ilustrativas do percurso de desenho e construção da Estátua da Liberdade, um monumento do século XIX executado pelo francês Frédéric-Auguste Bartholdi.

O museu pretende proporcionar uma experiência «imersiva» aos visitantes, com vídeos sobre a história em duas salas, exposição de objetos e artefactos, 20 ecrãs táteis para fotografias, uma parede de vidros de quase sete metros de altura e, no exterior, um terraço com jardim.

A galeria do museu apresenta painéis com textos sobre a impressão de soberania, liberdade e oportunidades que os estrangeiros encontravam quando emigravam para os Estados Unidos no século XX e se deparavam com o monumento, considerado Património da Humanidade pela UNESCO em 1984.

A experiência está construída para que os visitantes descubram o simbolismo dos elementos da estátua, relembrem a cultura popular que a representa e façam uma reflexão sobre os valores de liberdade, democracia, esperança e direitos na atualidade.

O museu é de livre entrada para quem desce na Liberty Island para visitar a estátua – são necessários bilhetes de barco ferry, que custam 18,5 dólares (16,5 euros) por adulto e metade do preço para crianças até os 12 anos de idade.

John Piltzecker considerou, em declarações à agência Lusa, que «a Estátua da Liberdade existe no imaginário de todo o mundo», mas que a sua história é muitas vezes esquecida.

«Viajar no ferry pode ser uma experiência maravilhosa por si só e nós reconhecemos que algumas pessoas simplesmente querem a sua foto icónica, […] mas muita gente não conhece a história», disse o responsável.

A área interior acessível ao público é de 1.394 metros quadrados, mas o total do museu engloba 2.415 metros quadrados.

O museu disponibiliza aparelhos de guia áudio em 13 línguas, incluindo português.

A fundação Statue of Liberty-Ellis Island Foundation foi fundada em 1982 e colabora com o Departamento do Interior do governo federal dos EUA, numa parceria público-privada.

Percorra a fotogaleria para ver algumas imagens do novo museu.

Lusa

25 locais incríveis que não pode perder em Nova Iorque


Veja também:
Nova Iorque pelos olhos de quem lá vive
Estes monumentos famosos guardam segredos surpreendentes

Partilhar