Afinal, que seria do Rio de Janeiro sem a garota de Ipanema? Foi aceite na Faculdade de Arquitetura no Rio de Janeiro, mas felizmente, tão depressa entrou como saiu. Se em 1946 Tom Jobim não tivesse tomado a arriscada decisão de abandonar os estudos para se dedicar exclusivamente à música, a Bossa Nova não seria como a conhecemos hoje.

Se Tom Jobim mudou uma das principais cidades do Brasil, não há outra forma de conhecer o Rio de Janeiro senão pelos pés dele. Foi em 1927 que o “maestro” nasceu, no bairro de Ipanema, onde conheceu um dos seus grandes amigos e parceiro na música, Newton Mendonça. Não muito longe, no Beco das Garrafas, uma travessa sem saída em Copacabana, foi onde começou a tocar, no ano em que deixou a faculdade. Cheio de bares frequentados com figuras como Vinicius de Morais, Baden Powell, Elis Regina e outros, Jobim toca em locais históricos como Bottle’s Bar e Little Club, que ainda hoje em dia estão abertos.

Após alguns anos, Jobim casa-se e vai morar para a Rua Nascimento Silva, em Ipanema, no número 107. Foi nesta morada que compôs o samba “Teresa da Praia”, o seu primeiro sucesso.

A Casa Villarino, no centro da cidade, é um bar de passagem obrigatória para melhor compreender o percurso de Jobim, a bossa nova e o ritmo do Rio de Janeiro. Este estabelecimento ainda guarda registos da presença do maestro e da sua parceria com Tom e Vinicius. Diz-se que de facto ali que nasceu a bossa nova, na forma do álbum “Canção do amor demais”, em 1958, com músicas, arranjos e produção de Tom Jobim, letras de Vinicius e voz de Elizete Cardoso. A música que dá o nome ao álbum “Canção do amor demais”, que teve participação de João Gilberto, é considerada um dos grandes expoentes da bossa nova, com a qual os brasileiros começaram a apreciar pela primeira vez a fusão de um samba carioca, jazz e vozes intimistas.

A famosa música “Garota de Ipanema” surgia pouco tempo depois, em 1962, no Bar Veloso. Foi aqui que, em agosto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto e Os Cariocas se apresentaram, tocando pela primeira vez a célebre melodia. O bar acabaria por mudar de nome para Bar Garota de Ipanema e encontra-se na Rua Vinicius de Morais 49.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro também é um marco na vida do maestro. Foi no bairro circundante ao jardim que Tom viveu com a sua segunda mulher, Ana Beatriz Lontra, 28 anos mais nova: o músico tinha 50 anos e a Ana apenas 19, a mesma idade que a filha mais nova do seu primeiro casamento. Tom Jobim era apaixonado pelo Jardim Botânico e pelos pássaros que albergava, a quem até dedicou dois álbuns: Terra Brasilis (1980) e Passarim (1987).

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro também é um marco na vida do maestro. Foi no bairro circundante ao jardim que Tom viveu com a sua segunda mulher, Ana Beatriz Lontra, 28 anos mais nova: o músico tinha 50 anos e a Ana apenas 19, a mesma idade que a filha mais nova do seu primeiro casamento.

Para terminar em beleza, vale a pena ter uma verdadeira experiência carioca, e jantar numa churrascaria no Leblon. Na década de 60, Jobim frequentava a Churrascaria Plataforma (hoje Bar do Tom, na rua Adalberto Ferreira) quase diariamente. Hoje em dia, o dono do estabelecimento, que ainda conheceu o maestro, tem um bar dentro do restaurante, para concertos de bossa nova e outros, numa clara homenagem ao seu cliente favorito. Não há então melhor programa do que jantar onde Jobim passava os seus serões e ainda desfrutar de um concerto da música que o ídolo fez nascer.

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