Os enchidos e os queijos expostos na montra tanto saem porta fora, porque ali funciona uma charcutaria, como chegam à mesa sob a forma de petiscos em tábuas de madeira, porque ali também se come. Esta casa de Lisboa é três em um – charcutaria, pizaria e bar –, mas as áreas não se confundem, apenas se fundem naquilo que é intenção do proprietário Rui Sanches, da Multifood: levar um pouco de Itália para o Príncipe Real. A começar pela cozinha, onde mandam o chef Liborio Buonocore e o pizzaiolo Gianni Riondato, ambos já com provas dadas no ofício, no seu país.

Liborio e Gianni idealizaram uma carta de pizas tradicionais italianas, o que significa que não levam fruta ou marisco – e, do mar, o atum é exceção única. E o processo de criação das pizas parece uma epopeia, cheia de rituais: é utilizada uma mistura de farinha de trigo 00 (e aqui se desvenda o nome do restaurante) com outras provenientes de moagem em pedra. Segue-se o longo processo de fermentação, com mais de 48 horas, que torna a massa leve e de fácil digestão.

Já os ingredientes que coroam as pizas chegam, em grande parte, da região de Véneto. Depois de montada, a piza é cozida uniformemente num forno rotativo, com lenha de azinho. Além das pizas tradicionais, há também calzoni e pizas especiais, estas com dois ou mais queijos. A ZeroZero também serve saladas e massas. Recomenda-se acompanhar com espumante prosecco. É que a Zero Zero, além de pizaria e charcutaria, é também a primeira proseccheria da cidade. Estão lá os cocktails clássicos italianos, com o Bellini e o Mimosa, e também outros originais, com nomes como Passione e Corleone – que, a partir de fevereiro, podem ser apreciados na esplanada das traseiras, que tem por companhia o Jardim Botânico e promete tornar-se um lugar concorrido nos próximos meses.


ZeroZero
Rua da Escola Politécnica, 32 (Príncipe Real)
Tel.: 213420091
Web: pizzeriazerozero.pt
Das 12h00 às 00h00; sexta, sábado e véspera de feriados, até às 01h00. Não encerra.
Preço médio: 20 euros

Texto de Ana Luísa Santos - Fotografias de Fernando Marques
Partilhar