Apaixonou-se pela cozinha durante uma aula do curso de gestão hoteleira, em Londres, aos 21 anos. Até então, o chef Miguel Rocha Vieira não ia além de uns ovos cozidos, massa e atum em lata. Seis semanas depois do “clique”, estava matriculado na prestigiada escola Le Cordon Bleu, da qual saiu formado em cozinha e pastelaria. Como queria aprender com os melhores, procurou sempre emprego em restaurantes distinguidos pelo Guia Michelin. E conseguiu. Ontem, tornou-se o primeiro português a ter no currículo três estrelas Michelin em simultâneo.
Foi com surpresa que Miguel Rocha Vieira recebeu ontem a notícia de que o Costes Downtown, em Budapeste, na Hungria, tinha recebido a primeira estrela Michelin. “Como só foi inaugurado há sete meses, ninguém estava à espera. Foi uma surpresa muito agradável”, disse ao DN. Já o Costes Restaurant, que abriu em 2008 sob os comandos do português na mesma cidade, manteve a estrela conquistada em 2010. Às duas estrelas Michelin atribuídas aos restaurantes onde é chef consultor, soma-se a da Fortaleza do Guincho, em Cascais, onde Miguel Rocha Vieira desempenha funções de chef executivo desde agosto.
Para o jurado do MasterChef Júnior, que estreia em maio na TVI, o reconhecimento que tem tido é resultado da sua “dedicação, paixão e de uma boa equipa, porque ninguém faz nada sozinho.” Como chef consultor do Costes Restaurant e do Costes Downtown, Miguel Rocha Vieira vai a Budapeste uma vez por mês, mas está diariamente em contacto com as equipas que trabalham na Hungria. “Sigo o que se passa, vou lá, fazemos os menus em conjunto, partilhamos a mesma filosofia”, conta, destacando que “quando se tem pessoas à altura, tudo se torna mais fácil.”
Sempre que há uma mudança de chef num restaurante com estrela, “a Michelin faz uma inspeção para ver se a qualidade se mantém.” Foi o que aconteceu na Fortaleza do Guincho, em novembro, três meses depois de o chef português ter tomado as rédeas da cozinha. Conseguiu manter a estrela e não esconde que, mais do que um orgulho, “foi um alívio.” Miguel Vieira faz um balanço positivo da experiência em Cascais, realçando que “o feedback tem sido bom.”
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