A fotografia relata o caminho entre o rio Chao Phraya e o Grande Palácio, após uma emocionante e alucinante viagem de barco. Iniciava a visita a uma cidade onde caminhei anonimamente entre futuro e passado, luxo e pobreza, tradição e modernidade, turistas e habitantes que se misturavam intensa e ferozmente produzindo uma amálgama quente, húmida, colorida, ruidosa, saborosa e aromática. E por vezes regateada. Percorri muitos caminhos com a consciência de que a seguir iria fantasiar acerca daqueles que não percorri na Cidade dos Anjos.
Tendo como pano de fundo o Glaciar Perito Moreno, na Patagónia, Argentina, é fácil ficar horas a observar o espetáculo inebriante que a natureza nos proporciona. Este ponto de repouso é ideal para nos prepararmos para o passo seguinte da aventura, caminhar sobre gelo milenar.
Em 2012, uma das primeiras viagens que fiz e a que mais me marcou até hoje foi ir à Índia. Um choque cultural mas uma experiência única e enriquecedora. A Índia é muito mais do que o postal do famoso Taj Mahal. É um mundo de cores e sabores, cheiros e sons repleto de contrastes. É uma lição de vida, uma redescoberta de valores que de repente são re-hierarquizados. E quando se regressa não somos os mesmos. E se assim for, é porque compreendemos verdadeiramente a essência deste país incrível. Ficam duas das fotos que mais me marcaram. Na imagem: Fatehpur Sikri, Agra.
Cheguei ao Rio de Janeiro com uma certeza: aquela cidade marcaria para sempre a minha vida. A simpatia dos cariocas é contagiante, têm samba na alma e doçura nas palavras. Dormi no coração da Lapa, deslumbrei-me com os grafitti, deliciei-me com a moqueca, apaixonei-me pelo Rio Scenarium, tirei o pé do chão no Carioca da Gema. Mas o Rio de Janeiro não se explica, sente-se. É preciso subir ao Cristo Redentor, ao cimo do Pão de Açúcar e deixar-se envolver, fechando os olhos e desfrutando do inexplicável. O local tem uma energia própria. É como assistir ao pôr do Sol em Ipanema, que é quase um cliché. As cores, a temperatura do ar e da água. Peça uma água de coco e sente- -se na areia a assistir ao que de melhor a natureza tem para lhe oferecer. O Rio não se explica.
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