Saiba o que visitar em Medellín nos slides seguintes
(7) Praça Botero
Aqui mora a «gorda» mais famosa da Colômbia. É uma das 23 voluptuosas esculturas dadas em 2004 pelo artista Fernando Botero à cidade onde nasceu e em que reside. As figuras estão expostas numa praça de 7000 metros quadrados junto ao Parque Berrio, o coração da cidade antiga, e são a maior atração turística de Medellín.
hdiscovercolombia.com/plazabotero
(8) Museu de Antioquia
Tem 17 salas para a exposição permanente e conta com obras de Botero e as melhores pinturas de Pedro Nel Gómez. Inaugurado em 1881, é o segundo museu mais antigo do país.
museodeantioquia.co
(9) Palácio da Cultura Rafael Uribe Uribe
Vizinho do Museu de Antioquia, este impressionante edifício de estilo gótico revivalista foi batizado em homenagem a um general colombiano que combateu na Guerra dos Mil Dias e se tornou governador de Antioquia. É o mais notório anfiteatro cultural da cidade – recebe conferências, concertos e exposições. Foi construído como sede do governo local e alberga hoje o mais extenso arquivo sobre Medellín.
culturantioquia.gov.co
(2) Metrocable
A impactante linha de teleférico na zona norte da cidade foi instalada em 2004 como forma de ligar as comunas (bairros subdesenvolvidos) ao centro. Tem 1,8 quilómetros de extensão e, além de ter sido o motor de inovação em Medellín, oferece uma vista soberba sobre a urbe encaixada no meio das montanhas de Aburrá. A última estação é na comuna de Santo Domingo, uma zona maioritariamente habitada por deslocados de guerra e que há 20 anos era um dos bairros mais perigosos do país.
medellininfo.com
metrodemedellin.gov.co
(10) Biblioteca Espanha
No bairro de Santo Domingo erguem-se, desde 2007, três blocos maciços de pedra negra que formam um projeto arquitetónico premiado que oferece a uma população desfavorecida a oportunidade de participar em atividades culturais.
reddebibliotecas.org.co
(11) Parque Arvi
Os teleféricos sobem ao topo da montanha, até esta gigantesca reserva ecológica em que se podem avistar aves e borboletas, praticar escalada e ciclismo e desfrutar de uma imagem aérea de Medellín.
parquearvi.org
(3) Comuna 13
Na área ocidental da cidade fica aquilo que, ao longo das últimas décadas, esteve nas mãos do cartel de Medellín, das FARC e dos paramilitares. Hoje pertence finalmente aos seus moradores, alegres e humildes, que viram a sua caminhada de 35 minutos por uma escadaria correspondente a um prédio de 28 andares ser facilitada pela instalação de escadas rolantes. Hoje pode chegar-se ao topo do bairro em sete minutos. Organizam-se visitas turísticas para experimentar as escadas e ver os graffiti.
comuna13tours.com
(12) Parque Lleras
Este é o ponto de encontro para as noites de festa em Medellín. A praça está rodeada de bares e restaurantes e ferve em animação: há botellón, comerciantes e vários artistas de rua. A dois minutos dali está o restaurante Mondongo’s (13), conhecido por ser um dos melhores locais para comer uma bandeja paisa. É uma dose de resistência, mas tanto a carne como os acompanhamentos são deliciosos. O Mondongo’s abriu em 1976 e tem uma carta com 13 pratos, incluindo o tradicional caldo paisa que deu nome ao estabelecimento. Para os que preferem bailar a empanturrar-se, o Son Havana (14), clube acolhedor e eletrizante no bairro de Laureles, é uma excelente opção. Para repousar com classe, o Diez Hotel (15), na mesma rua do Mondongo’s, decorou cada piso com motivos de diferentes regiões da Colômbia.
medellinliving.com/parque-lleras
Na Plaza Mayor(1), no centro de Medellín, há duas esculturas de pássaros aparentemente iguais. Mas as aparências iludem. E contam histórias. De perto, constatamos que um dos pássaros tem o ventre esfrangalhado por uma bomba ali colocada pelo Exército de Libertação Nacional (ELN), em 1995. Morreram 23 pessoas. O outro, distanciado apenas quatro metros, reflete com o seu bronze irrepreensível a forte luz do meio-dia. Ambos têm a assinatura de Fernando Botero, o artista vivo mais conceituado da América do Sul, nascido em Medellín há 83 anos. Quando o atentado lhe destruiu a obra, Botero decidiu colocar ao seu lado uma cópia intacta, para mostrar que a cidade não sucumbiria à violência. Nem o artista imaginou que a sua mensagem seria tão bem interpretada.
Há 30 anos, quem dissesse que ia de férias a Medellín era louco ou suicida. A cidade era o epicentro do tráfico de cocaína e de uma guerra sangrenta entre o cartel de Pablo Escobar e o governo colombiano. Havia ainda o conflito com as guerrilhas marxistas e com a extrema-direita paramilitar. Mas Medellín soube reinventar-se. Tudo começou com a inauguração do metro (o único na Colômbia) e do metrocable(2), uma rede de teleféricos que liga o centro, encaixado no Vale de Aburrá, às comunas (favelas) conglomeradas nos morros. Criaram-se parques nas margens do rio, museus e bibliotecas, algumas delas em bairros negligenciados. Por fim, levaram-se a cabo projetos inovadores, como um cordão florestal em redor da cidade, a instalação de escadas rolantes na flagelada Comuna 13(3) e a cobertura da maior via rodoviária da urbe com um longo parque natural. Resultado: em 2013, Medellín ganhou a Nova Iorque e a Telavive o título de cidade mais inovadora do mundo, atribuído pelo Urban Land Institute e pelo The Wall Street Journal.
Esta cidade colombiana está repleta de parques e museus e, após anos de renovações, conseguiu que determinadas zonas marginais se transformassem em atrações turísticas.
A segunda maior cidade colombiana, hoje com quatro milhões de habitantes, tem um legado de 350 anos que se manifesta na arquitetura, na arte popular, no artesanato e na gastronomia. No século XVI, o conquistador Jorge Robledo chegou ao Valle de Aburrá, subjugando as comunidades indígenas que aí habitavam. Entusiasmados pela existência de ouro, os povoadores espanhóis fundaram Santa Fe de Antioquia, atualmente uma pitoresca vila colonial. Mas a povoação assentava em terras áridas e era de difícil acesso. Assim, a rainha espanhola, apoiada pelo conde andaluz de Medellín, decretou em 1685 a fundação de uma cidade no regaço do vale – e nasceu Medellín, em homenagem ao seu apoiante. Dos séculos passados sobrevivem edifícios simbólicos como a Igreja deLa Candelaria (4), feita cem anos após a fundação, o edifícioSan Ignacio(5), hoje sede da reitoria da Universidade de Antioquia e a antiga estação de caminhos-de-ferro (6), bela homenagem arquitetónica ao renascimento francês que, entre os séculos XIX e XX, demorou 50 anos a ser construída.
Há somente duas coisas que permanecem imutáveis na atribulada história de Medellín. A primeira é o clima, ameno todo o ano, com uma média de 23 graus centígrados, que lhe outorgou o epíteto de «cidade da eterna primavera». A outra é a sua gente – os paisas rivalizam com os árabes no campeonato dos mais hospitaleiros, são exímios negociantes e obstinadamente apaixonados pela sua cidade. Mesmo que não seja por tudo o resto, eles merecem uma visita.