Canal Street é conhecida pelas suas falsificações baratas, mas começa agora a ser procurada pelas maiores casas de moda. E também por estilistas e artistas independentes.

Quem estiver em Nova Iorque e quiser «despachar» um souvenir de última hora tem sempre Canal Street. A rua, sobretudo na zona de Chinatown, é conhecida pelos seus produtos mais baratos, mas também pelas falsificações das marcas de luxo. Roupa, óculos, malas, relógios se não houver por aqui, o mais certo é que não haja em mais nenhum lado. Uma realidade que fez que a indústria da moda nunca olhasse com bons olhos para ela. Mas algo parece estar a mudar.

No final de 2016, o designer Alexander Wang decidiu promover a sua colaboração com a Adidas, vendendo peças da coleção num camião estacionado precisamente em Canal Street. As peças eram levadas para casa em sacos do lixo preto. Já a Gucci lançou uma mala onde se pode ler em graffiti a expressão «Real» e uma t-shirt assumidamente inspirada nas falsificações.

Nova Iorque recebe perto de 60 milhões de visitantes por ano. Cerca de um milhão destes viajam da China.

Por enquanto, a relação entre os senhores da moda e a rua é ainda uma espécie de affair, mas promete evoluir, até porque são já cada vez mais os estilistas independentes, artistas e galerias a mudar-se de armas e bagagens para esta zona – nomes como Mel Ottenberg, Chris Gelinas, George Cortina ou Katie Mossman. Se não os podes vencer junta-te a eles, não é o que diz o ditado? Ou isso a ou procura de rendas mais em conta.

Por João Ferreira Oliveira – Fotografias Shutterstock.com

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