Depois de três dias de visita de Estado a Cabo Verde, o Presidente da República despediu-se “desta terra única” – com destino ao Senegal – e agradeceu a forma como foi recebido, deixando o convite a Jorge Carlos Fonseca, o seu homólogo cabo-verdiano, a realizar uma visita de Estado a Portugal este ano.

No último dia, Marcelo Rebelo de Sousa passeou pelas ruas do Mindelo, na ilha de São Vicente, onde foi recebido com grande euforia por cabo-verdianos e portugueses juntos. Visitou uma escola portuguesa e uma universidade, entregou livros e elogiou a cidade como a “terra mais divertida e alegre de Cabo Verde”. Aqui nasceram grandes nomes da música do país e Cesária Évora, a “diva dos pés descalços”, é o nome maior.

O jornalista João Alexandre, enviado especial TSF/DN, conta como mais do que em Santiago ou no Fogo, outras ilhas visitadas pela comitiva presidencial, aqui [Mindelo] a “morabeza” – expressão crioula que significa acolhimento, gentileza ou hospitalidade – é uma realidade incontornável.

“Não há nenhum outro povo no mundo que tenha em comum estas duas realidades, morabeza e saudade, que são inseparáveis. Onde há morabeza há saudade e há saudade porque há morabeza”, defendeu o Chefe de Estado. Jorge Carlos Fonseca, que esteve sempre ao seu lado, salientou o modo afetuoso como Marcelo Rebelo de Sousa contactou com o povo cabo-verdiano. “Chamam-me Presidente beijoqueiro, dos afetos, o Presidente Marcelo foi buscar essa coisa, e às vezes está-me aqui a disputar os beijos”, disse Jorge Carlos Fonseca à agência Lusa.

Marcelo Rebelo de Sousa retorquiu: “O meu afeto não resultou – mas foi distração minha – de ter copiado o estilo beijoqueiro do senhor Presidente Jorge Fonseca, mas já notei que ele realmente ombreia comigo nesse particular”.

As afinidades entre os dois países e os dois Presidentes são evidentes e estão mais próximos do que nunca.

O Presidente da República viajou esta manhã para o Senegal, onde irá cumprir dois dias de visita oficial.

N.M.G. com DN/LUSA – Fotografias de António Cotrim/Lusa

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