Esqueçam-se os cheiros e as cores. Este é o quotidiano da Índia, os rostos de quem todos os dias vive por lá.

Fotografias de Orlando Almeida/Global Imagens

O plano da viagem era ambicioso: conhecer o Forte Vermelho em Nova Deli, posar frente ao Taj Mahal em Agra ou visitar a Rashtrapati Bhavan, em português Casa do Presidente, residência oficial do presidente da Índia. Mas há mais, como descobrir Chennai, capital do estado Tamil Nadu e percorrer todo o estado do sudeste da península indiana.

Viajar em comitiva e com misses não foi tarefa fácil, «principalmente num país onde o trânsito nas cidades é como uma maré com a qual não vale a pena lutar, restando-nos apanhar as ondas que surgem pela oportunidade de um carro que abre uma nesga no cruzamento para o nosso autocarro passar», como escreve Orlando Almeida já chegado da Índia.

Outra recordação que partilha connosco é da chegada ao Forte Vermelho: «Em menos de um piscar de olhos, já as jovens portuguesas estão rodeadas de muita gente, que mais uma vez se pergunta: quem serão? Ao segundo piscar e depois de sorrisos correspondidos, aparecem os telefones apontados, selfies e conversas. Pensarão estar diante de estrelas de cinema convidadas para Bollywood?» Tudo é possível.

Orlando Almeida

Nasceu no Estoril em 1969 e desde muito cedo demonstrou interesse pela fotografia. Frequentou uma das escolas secundárias mais «artísticas» da capital, a António Arroio. Nesse estabelecimento optou pelo curso de Imagem e Meios Audiovisuais. Iniciou o seu percurso profissional em 1992 como fotojornalista na revista Valor. Em 1997 fez parte da equipa fundadora do Jornal de Negócios onde, para além de repórter fotográfico, assumiu a editoria da secção. Durante toda a década de 1990 participou em vários projetos como o jornal O Académico, a revista Artes Gráficas ou o semanário EuroNotícias.

Em 2003 tornou-se editor fotográfico no jornal Correio da Manhã. Viria a abandonar esse projeto em 2008 para ingressar no Diário de Notícias como grande repórter. Hoje, Orlando Almeida continua no Global Media Group, colaborando com as várias publicações da casa, entre elas as revistas Notícias Magazine, Evasões e, claro está, a Volta ao Mundo. O fotógrafo carateriza o seu trabalho por um sentido documental, alargando-se também ao experimentalismo, um exercício reflexivo sobre as suas «personagens». Aqui na VM podemos confirmar a qualidade dessas escolhas e o caráter peculiar da sua visão e da sua personalidade.


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