Quem diz que viajar no tempo não é possível?

Há cidades que evocam o passado através dos próprios edifícios, dos monumentos, das obras de arte encontradas em cada esquina. Paris, com as suas igrejas, as calçadas antigas, os seus famosos museus, é um dos lugares que despertam nos visitantes a imaginação e lhes fazem querer conhecer o passado de uma das mais belas capitais do mundo.

Agora, é já possível viajar no tempo: uma startup tecnológica desenvolveu um processo de revisitação do passado: alguns lugares icónicos podem transportar-nos para aquilo que foram há centenas de anos, através da realidade virtual. Em abril deste ano, o Timescope revelou um «self service de realidade virtual» que transporta quem o utiliza para um tempo e lugar diferentes. Neste caso, utilizando a nova máquina instalada na Ponte de Arcole – que liga a Île de la Cité ao célebre bairro de Marais – podemos visualizar, num ângulo de 360º, as margens do rio Sena em 1628.

O Timescope apresenta uma cidade muito diferente: olhando através do aparelho observam-se os barcos de carga e de pesca que antigamente cruzavam o rio. Apontando para as ruas que ladeiam o Sena, o observador vê carruagens do século XVII em vez dos atuais Citröens franceses. Tudo isto é acompanhado por sons do passado: mercadores que vendem os seus produtos, chilreios de pássaros, etc.

Tudo começou quando Adrien Sadaka e Basile Segalen tiveram a ideia do Timescope ao visitarem Pompeia, em Itália. Esperavam encontrar bem preservada uma cidade romana destruída pelo vulcão no ano 79 d.C., mas o que viram foi um local turístico cheio de gente a percorrer as suas ruínas.

Decidiram então instalar o Timescope em Paris, que hoje já possui três aparelhos que permitem viajar no tempo e no espaço: um localizado junto à Bastilha, que permite visualizar como era a antiga prisão em 1416 e em 1798 (2 euros por observação). O segundo aparelho encontra-se no aeroporto Charles de Gaulle, e dá aos que chegam à capital a possibilidade de reconhecerem os seus locais mais famosos antes de entrarem na cidade.

O próximo aparelho deverá surgir na Normandia, apesar de Adrien Sadaka não ter revelado a sua localização precisa. Depois, a ideia é instalar cerca de 20 Timescope por ano, em vários lugares espalhados pelo mundo.


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