Ir ao Irão já é uma viagem de uma vida, mas fazê-lo no deserto de Lut, o sítio mais quente do planeta, é um desafio só ao alcance dos mais aventureiros.

Em 2005, segundo medições da NASA, registou-se aquela que foi a maior temperatura alguma vez atingida na Terra: 70,7 graus Celsius. É precisamente para aí, no coração do deserto de Lut, que os responsáveis pela empresa de expedições Secret Compass querem levar um grupo de pessoas.

Cerca de 15 dias, 220 km, num dos locais mais inóspitos do planeta e que quase ninguém se atreveu a atravessar a pé, à exceção de nomes como Marco Polo (1271) ou Sir Wilfred Thesiger, explorador e escritor britânico que pisou aquelas areias em 1964.

Demasiado arriscado? Eles garantem que não, até porque em 2016 fizeram o mesmo e não houve problemas de maior. Foi a primeira expedição comercial na região. Garantem também que não é preciso ser-se o super-homem ou uma supermulher, apenas fisicamente capaz de caminhar 25 km por dia – cerca de dez horas de estrada. Areia. Mas nem tudo se resume a capacidade de superação. O Lut é conhecido pelas suas paisagens lunares, salinas, crateras de meteorito ou os kaluts, castelos de areia formados pelos ventos fortes como não existe em nenhuma parte do mundo. Os participantes terão ainda possibilidade de conhecer Lerman, uma das mais antigas cidades do país, e a capital, Teerão.

A travessia está marcada para os dias 4 e 18 de novembro.

Preço: 4 mil euros por pessoa, inclui guia com kit médico, viagens internas e veículos de suporte, alojamento (o possível), bebidas e comidas.

> secretcompass.com

Por João Ferreira Oliveira – Fotografias Direitos Reservados

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