Alexandre Farto, conhecido por Vhils (Foto de Gonçalo Villaverde/Global Imagens)

O artista Alexandre Farto, conhecido como Vhils, inaugurou hoje a primeira exposição individual em Macau, acompanhada de uma série de murais, um trabalho em que o artista português afirma ter saído da zona de conforto.

Com cerca de 30 peças, “Debris” ou “Destroços” é inaugurada hoje nas antigas Oficinas Navais N.º 1, um espaço entretanto revitalizado e dedicado às artes e cultura na península de Macau, a poucos metros do Templo de A-Ma e do Museu Marítimo.

A mostra em Macau segue as linhas da primeira exposição individual em Hong Kong, no ano passado, igualmente designada “Debris”, e que foi fruto de um trabalho de quase dois anos de preparação no âmbito de uma residência artística que Vhils realizou na antiga colónia britânica.

Na exposição atual encontram-se, entre outros, retratos humanos em portas de madeira recolhidas das ruas de Macau, composições em metal, impressões com ácido, um vídeo em ‘slow motion’ de pessoas nas ruas da cidade e instalações (‘neons’ e ‘stencil’).

«Houve vários recursos novos que tive de utilizar para captar um bocadinho a essência do espaço urbano em Macau que está presente na exposição. Também me obrigou a sair da minha zona de conforto para conseguir criar este trabalho», afirmou.

“Debris”, nas Oficinas Navais, conta também com um mural no qual sobressai um rosto feminino. Vhils assina ainda outros quatro murais nas ruas da cidade, dando particular relevo a caras ou a pormenores do rosto como os olhos.

Dois dos murais estão na Escola Portuguesa de Macau e igual número na vila da Taipa. Um desses, na parte velha da Taipa e não muito distante da zona dos novos casinos, chamou a atenção de Mickey, natural de Hong Kong, que vive e trabalha em Macau.

“Debris” está patente ao público em Macau entre 01 de junho e 05 de novembro. A exposição vai “crescendo em número de peças, que vão estar em confronto umas com as outras”, criando um “diálogo e reflexão ainda mais profunda”. O objetivo é levar “Debris” a outras cidades, adiantou Alexandre Farto, sem adiantar detalhes, porque “ainda não está totalmente fechado”.

Entretanto, o artista português está concentrado na próxima exposição, a primeira a título individual em Pequim, entre 30 de junho e 23 de julho, no Cafa Art Museum.

Além de várias criações em Portugal, Alexandre Farto tem trabalhos em países e territórios como a Tailândia, Malásia, Hong Kong, Itália, Estados Unidos, Ucrânia, Brasil.

Lusa


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