Voos diretos entre a China e Portugal
Aeroporto de Pequim, China

O embaixador português em Pequim, Jorge Torres-Pereira, disse hoje que Portugal pode ter como objetivo chegar a um milhão de turistas chineses por ano, a poucas horas da partida do primeiro voo entre Pequim e Lisboa.

«Neste momento, estamos em 200 mil, se tivermos aumentos de 35% ao ano, podemos rapidamente ser ambiciosos», disse Torres-Pereira à agência Lusa.

O diplomata português falava no Terminal 1 do Aeroporto Internacional de Pequim, de onde às 01h10 de quarta-feira (18h10 de terça-feira em Lisboa) arranca o primeiro voo entre a capital dos dois países.

A China é já o maior emissor mundial de turistas e, segundo estatísticas oficiais, 135,1 milhões de chineses viajaram para fora da China continental, em 2016, num aumento de 12,5% em relação ao ano anterior.

A acompanhar este fluxo crescente, o Turismo de Portugal tem, desde 2014, uma representação permanente em Xangai, a ‘capital’ económica da China.

Portugal conta também com nove centros de emissão de vistos no país asiático, distribuídos pelas cidades de Pequim, Xangai, Hangzhou, Nanjing, Chengdu, Shenyang, Wuhan, Fuzhou, Cantão (Guangzhou).

O voo terá três frequências por semana – quarta-feira, sexta-feira e domingo – entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim.

Para as duas primeiras semanas, os voos entre Pequim e Lisboa contam já com uma ocupação média de 80%, enquanto no sentido inverso – entre Portugal e a China – é de 62%, avançou hoje à agência Lusa fonte da companhia aérea chinesa Capital Airlines.

A companhia aérea abrirá também um voo entre Macau e a capital chinesa, que coincidirá com a ligação a Lisboa, de forma a servir também os 15 mil portugueses que vivem no território outrora administrado por Portugal.

Torres-Pereira considerou a ligação direta «importante para manter a dinâmica de uma relação bilateral que está efetivamente em expansão» e frisou a importância do voo na ligação entre a China e os países de língua portuguesa em África e o Brasil, com Lisboa como plataforma.

O diplomata lembrou ainda que, nos últimos anos, os investimentos chineses em Portugal passaram de «dezenas de milhões de euros para milhares de milhões de euros». «Não há dúvida de que entramos no radar do investimento chinês e, para usar uma expressão britânica, o céu é o limite», concluiu.

Lusa


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