Há uma cidade nos Estados Unidos onde os todos sonhos se concretizam. Uma cidade onde a promessa de sucesso, dinheiro, fama e felicidade eterna tem um aroma forte e enebriante. Essa cidade é Nova Iorque, o destino de aspirantes a músicos, atores, cineastas e escritores – e o nosso, comuns mortais, que desejamos apenas pisar as ruas onde os nossos ídolos sonharam.

Se tanto desejamos viajar até Nova Iorque, é muito por culpa dos filmes de Hollywood. Comédias românticas, thrillers ou filmes de ação: não conseguimos contar pelos dedos quantas películas tiveram como pano de fundo o Empire State Building, o Plaza Hotel e até a Trump Tower. E se quiséssemos apontar responsáveis pela nossa obsessão em visitar NY, um dos primeiros nomes seria o de Woody Allen, um dos mais míticos e celebrados realizadores de sempre, nascido em Nova Iorque, e confesso fã da cidade. Dizem até que é impossível visitar a cidade sem o encontrar, a cruzar a 5th Avenue num dos seus rotineiros passeios.

Conhecer a cidade de Nova Iorque pelo olhar de Woody Allen é uma das formas mais curiosas de descobrir esta metrópole, até porque nos seus filmes estão os lugares mais românticos e interessantes da cidade. O que ninguém sabe responder é: se os cenários de Woody já eram apaixonantes antes ou se foram os seus filmes que os tornaram míticos. De qualquer maneira, vale a pena correr a cidade pelos pés de um dos mais famosos realizadores.

Começando de fora para dentro, entramos em Manhattan na Queensboro Bridge, famosa como o cenário das conversas dos protagonistas do filme “Manhattan” (1979), o próprio Woody Allen e a sua atriz-fetiche da época, Diane Keaton. No papel de Isaac e Mary, o casal passava noites a falar no banco do Sutton Place Park, na 57th Street, com vista para a ponte. Naquele parque encontra-se uma escultura de um javali, conhecida como Porcellino, que é uma réplica da obra de um artista renascentista, Pietro Tacca, cujo original se encontra em Florença.

E se quisessemos apontar responsáveis pela nossa obsessão em visitar NY, um dos primeiros nomes seria o de Woody Allen, um dos mais míticos e celebrados realizadores de sempre, nascido em Nova Iorque, e confesso fã da cidade.

Continuando pelo sul de Manhattan, chegamos ao Battery Park, de onde partem os barcos para a ilha da Estátua da Liberdade e para Staten Island. Era para este parque, cheio de árvores e espaços verdes, que Boris (Larry David) e Melody (Evan Rachel Wood) iam passear e ter longas conversas, no que era uma insólita relação entre um homem de meia-idade e uma jovem ingénua vinda do sul da América, no filme “Tudo Pode Dar Certo”, de 2009. O Battery Park oferece uma incrível vista sobre o rio Hudson.

 

Chegando ao Central Park, sentimo-nos de repente dentro do filme “Melinda & Melinda”, de 2004. Era na ponte Box Bridge, que se encontra a meio do parque, perto da 74th Street, que se cruzavam muitas vezes os amigos do melodrama cómico protagonizado por Will Ferrell e Vinessa Shaw, para comentar triângulos amorosos e intrigas. A Box Bridge é uma das românticas pontes do Central Park, pois lembra o arco de um violino.

É no filme “Melinda & Melinda” que descobrimos um dos mais míticos cinemas de Nova Iorque: o Cinema Village. Construído em 1963, é o mais antigo cinema de bairro ainda em funções de Manhattan, fazendo as delícias de Woody Allen, romântico e saudosista por natureza. Este cinema ficou conhecido por criar festivais de filmes de Hong Kong no início dos anos 90, com a presença de cineastas daquele círculo como Michele Yeoh, Wong Kar Wai ou Peter Chan.

Para terminar um passeio por NY na “companhia” de Woody, falta apenas jantar na “John’s Pizzeria”, na Bleeker Street (bairro Greenwich Village), um restaurante aberto desde 1929, onde Isaac e Mary, de “Manhattan” passavam longos serões. Os clientes da “John’s Pizzeria” são convidados a deixar uma mensagem nas paredes do restaurante. Um exercício interessante para acabar um dia “de filme” seria encontrar a assinatura de Woody Allen…

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