Praias paradisíacas e música são, provavelmente, as marcas mais fortes de Cabo Verde. Agora o país anunciou uma meta que promete tornar-se imagem de marca: em 2025, todo o país deverá funcionar com energias renováveis.

O anúncio governamental mostra que, apesar de ainda hoje ser um país em desenvolvimento, em Cabo Verde existem preocupações com o ambiente. Além disso, esta medida do governo pretende também reduzir os custos elevados com a eletricidade para os cabo-verdianos.

O país, composto por dez ilhas do Atlântico situadas ao largo da costa africana, viveu sempre do petróleo importado. Muitos dos seus habitantes usam ainda lenha e carvão para cozinhar, apesar de terem quase todos acesso à eletricidade, muito cara para o baixo rendimento per capita do país. No entanto, três das ilhas produzem já cerca de 25% da eletricidade a partir de turbinas eólicas. E o objetivo é ambicioso: fornecer somente energia de fontes renováveis aos seus habitantes até 2025.

Com o aumento da população e do turismo, o consumo de eletricidade tem duplicado a cada cinco anos. Essa é uma das razões pela qual o governo de Cabo Verde aposta agora em novas tecnologias: além da energia eólica, fácil de obter devido aos ventos fortes, há que rentabilizar o sol através da energia solar. Também a energia geotérmica poderá vir a ser altamente rentável, aproveitando o facto de Cabo Verde ser um país vulcânico.

Uma outra vertente desta meta ambiciosa é o sistema de dessalinização. Muitas comunidades de Cabo Verde dependem de água potável, e o sistema de retirar o excesso de água e de sais pode funcionar enquanto as turbinas eólicas estão a trabalhar. A água dessalinizada poderia ainda ser usada para gerar energia hidrelétrica, se fosse guardada num reservatório de grande elevação.


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