A experiência vivida pelo jornalista Leonídio Paulo Ferreira.

É à noite que se percebe como o Vila Galé Rio de Janeiro está bem no centro do coração boémio da cidade, pois entre restaurantes, cafés e botecos não falta escolha para quem quer beber um copo e ouvir um pouco de música brasileira. Mas assim que se entra no palacete cor-de-rosa do século XIX, que constitui a parte antiga do hotel, a experiência é de tranquilidade, que se mantém ao atravessar o espaço junto à piscina (também há spa) para entrar no edifício que constitui a parte moderna do complexo. A exceção é quando o próprio hotel abre o bar Vinicius de Moraes aos músicos e da tranquilidade absoluta se passa para a serenidade oferecida pela bossa-nova e por outros ritmos brasileiros.

Inaugurado em 2014, o Vila Galé Rio de Janeiro é uma ótima base para descobrir a cidade. A pé chega-se ao centro e caminhando um pouco está a estação de metro Cinelândia, a partir da qual até à praia de Copacabana se pode ir em poucos minutos. Mal se sai do hotel há encontro marcado com os Arcos da Lapa, aqueduto da era colonial portuguesa que hoje serve de ponte para o bonde, o elétrico.

Perto ficam também a Escadaria Selarón e a Catedral de São Sebastião. Talvez por ser de donos portugueses e estar instalado num dos bairros antigos, o Vila Galé está decorado, além de temas ligados à música brasileira e à cultura luso-brasileira, com pinturas alusivas à presença dos Bragança no Rio de Janeiro. Quanto aos quartos, oferecem conforto bastante e acesso gratuito a wi-fi. O pequeno-almoço no restaurante Versátil, com cozinheiro para fazer as omeletas na hora, tem oferta variada de pães, frutos, sumos e até um espresso. O hotel propõe almoço buffet de comida portuguesa num dia e noutro um almoço de feijoada.

É tão pacato que custa a acreditar ter 292 alojamentos. Nota final para os funcionários: profissionais, prestáveis e simpáticos. Na hora da partida, conseguiram que fosse para o aeroporto de Uber pagando apenas 32 reais (uns dez euros), metade do que seria de táxi até ao Tom Jobim-Galeão.

» vilagale.com


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