Aqui, a água é o alimento de um outro deus, do arroz, fonte de vida, base de todas as refeições, de todas as oferendas, de todos os ritos religiosos. Estamos a falar de Bali, na Indonésia, mais concretamente de AgamaTirta. Aqui, enquanto uma variedade mais resistente – sedenta de água, pesticidas e fertilizantes – começa a divulgar-se por toda a Indonésia, os arrozais de Jatiluwih, um magnífico anfiteatro natural, resistem à tentação da rentabilidade a todo o custo. Razão pela qual estes arrozais foram distinguidos pela UNESCO.
Bali é um destino procurado por quem procura ondas de qualidade dos melhores campeonatos, ou aquele destino paradisíaco que se vê nos filmes e que até custa a acreditar que existe.
Mas existe, e bem para lá daquilo que se vê nos planos de abertura das produções de Hollywood, existe muito mais história do que aquela que se vive em cima da prancha de surf ou na espreguiçadeira do resort.
Existe o estreito de Lombok, os terraços dos arrozais – que quase parecem os nossos socalcos do Douro -, existem santuários e religiões que só honram a natureza, porque ali, ela merece todas as honras.
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