Uma das melhores formas de descobrir a cidade é um cruzeiro pelo Danúbio ao entardecer com os edifícios iluminados.

Rota pelos locais mais modernos da capital húngara, sem perder de vista o encanto do Danúbio e os seus monumentos mais emblemáticos.

 

A capital húngara compete com as cidades mais “hipsters” da Europa graças a uma subcultura de rua com atrações únicas, como os “bares em ruínas” ou as raridades da Guerra Fria.

Se a imperatriz Sissi fosse atualmente uma “millennial” que visitasse Budapeste, sem dúvida que voltaria a apaixonar-se pela Pérola do Danúbio, tal como aconteceu na sua época. A cidade mantém um encanto barroco misturado com a memória pós-comunista e com uma energia artística renovada que, nos últimos anos, tem vindo a colocá-la entre as capitais mais “cool” do Velho Continente.

A capital da Hungria não renuncia à sua identidade e o antigo continua a ser moderno. Banhos quentes como Széchenyi, uma das maiores termas do continente com quinze piscinas, ou o Parlamento húngaro, o terceiro maior edifício parlamentar do mundo, são ainda visitas obrigatórias. Não é estranho passear por ruas que conservam buracos de bala da Segunda Guerra Mundial nas suas paredes, ou para comer tigelas de “goulash” em antigas guaridas onde as banheiras fazem de sofá. Castelos imperiais e bustos de Drácula, juntamente com máquinas de flippers e estátuas de Lenin, completam uma personalidade difícil de encontrar em outras cidades.

Além de todos esses rostos, o Danúbio – o rio mais longo da Europa – divide a cidade em dois. No lado oeste, situa-se Buda. Com mais de sete séculos de antiguidade, os bosques abrem o caminho para locais históricos, como o Palácio Real e o Castelo de Buda, até onde sobe Budavári Sikló, um funicular com uma inclinação de quase 40 graus destruído durante a Segunda Guerra Mundial que voltou a estar operacional em 1986. Esta estrutura vertiginosa oferece uma das melhores vistas do Danúbio.

Se a imperatriz Sissi fosse atualmente uma “millennial” que visitasse Budapeste, sem dúvida que voltaria a apaixonar-se pela Pérola do Danúbio, tal como aconteceu na sua época.

Para chegar a Peste, na margem oposta (este), a melhor maneira é através da famosa ponte das Correntes, a primeira estrutura permanente da Hungria (1849) a atravessar o rio Danúbio. Em Peste bate o coração cultural da cidade em Józsefváros, o oitavo distrito. Conhecido como o bairro judeu, foi convertido há anos num viveiro de ideias e abriga tesouros como a Biblioteca Metropolitana de Ervin Szabó, um palácio cheio de livros antigos ou a Sinagoga da Rua Dohány, a segunda maior do mundo com mais de 3000 lugares. As suas ruas degradadas enchem-se de cafés requintados, mercados como Karaván e Szimpla Sunday e lojas de jovens designers húngaros, como Printa Design.

Entre a oferta de lazer de Szimpla Kert está um mercado regular de agricultores e uma “feira da ladra”, assim como música ao vivo e projeção de filmes.
Foto: Szimpla Kert

Os mais nostálgicos podem passear pela rua Bródy Sándor, em homenagem ao famoso escritor húngaro. É a sede da estação de rádio Magyar Rádió, onde foi realizada a primeira transmissão do país. Nesta rua, encontra-se um dos hotéis da moda, Brody House, um edifício do século XIX que serve de refúgio a boémios, artistas e celebridades, e que é um sonho de decoração vintage contemporânea.

O hotel Brody House tem onze quartos onde se misturam objetos antigos com fotografias e pinturas contemporâneas.

O exercício da nostalgia continua com um passeio pela influência soviética em ambas as margens da cidade. No museu da Casa do Terror, na elegante Avenida Andrássy, conserva-se um pedaço do Muro de Berlim e uma peça de arte que representa a Cortina de Ferro. A 20 minutos do centro, o Szoborpark, ou parque das estátuas, recorda, com mais de quarenta esculturas, a era comunista.

60 pares de sapatos esculpidos em ferro formam um comovente monumento a recordar o Holocausto. mika-ruusunen/unsplash.com

A estátua de Ronald Reagan, na Praça da Liberdade, é uma homenagem ao fim da Guerra Fria e faz parte de um “regresso aos 80” que pode ser completado com uma visita ao museu das máquina de flippers, o Museu Flipper, ou à loja do cubo Rubik, inventado pelo húngaro Ernõ Rubik, em 1974. Um espírito retro e eighties que posiciona Budapeste no ressurgimento histórico mais desejado pelos hipsters. Sempre com vista para o Danúbio, como é óbvio.

Artigo original da autoria de Passenger6A

Reserve já a sua viagem!

Partilhar