Já alguma vez se imaginou a jantar na companhia de peixes, moluscos ou tubarões?

O maior restaurante subaquático do mundo feito de vidro fica nas Maldivas, mais precisamente no resort de luxo Hurawalhi. O 5.8 Undersea Restaurant (o nome vem da profundidade a que se encontra – 5,8 metros abaixo da superfície do mar) abriu em 2016. A sua estrutura pesa 400 toneladas e tem 90 metros quadrados.

Para aceder ao 5.8 Undersea Restaurant, os clientes têm de atravessar uma ponte de madeira que os levará até ao Aquarium, um outro restaurante do resort, descendo depois através de uma longa escada em espiral.

Cada uma das 10 mesas disponíveis oferece uma vista deslumbrante do que se passa no fundo do oceano. Os corais alinham-se junto à estrutura tubular, dando a sensação de que aquele espaço faz parte da vida marinha.

A comida faz jus ao cenário – o menu é tão entusiasmante quanto a vista. O chef alemão Bjoern van den Oever, que trabalha com uma equipa de seis outros chefs, esforça-se por estar à altura das expectativas dos hóspedes, admitindo contudo não ser uma tarefa fácil – «Há muita pressão. Temos de prestar atenção aos pratos que servimos, pois não queremos que as pessoas se aborreçam com a comida. Tem de ser também verdadeiramente excitante», contou à CNN Travel.

O restaurante apresenta uma mistura de pratos únicos de carne e marisco que enfatizam os sabores dos ingredientes locais. Por exemplo, há as «Diver Scallops», que são vieiras servidas com vinagrete de damasco e amêndoa. «Tentamos sempre tirar o maior proveito de cada produto».

Além do menu do jantar constituído por sete pratos, ao almoço existe um menu alternativo de quatro pratos. Os hóspedes de outros resorts são bem-vindos, desde que não levem crianças consigo. O hotel Hurawalhi é um resort apenas para adultos.

O enquadramento do restaurante na paisagem de recifes naturais foi feita pela instrutora de mergulho do Hurawalhi, Paige Bennett. «Basicamente, o que fiz foi encontrar blocos de recifes de corais que já não eram saudáveis. Depois transportei-os para o restaurante com a esperança de conseguir recuperar as espécies que vivem dentro dos corais. No início, foi apenas uma experiência. Mas depois de algumas semanas, os corais voltaram a desenvolver-se», afirmou.

Alguns peixes vivem em simbiose com certos corais, por isso Paige escolheu blocos certos que atrairiam peixes específicos, que por sua vez iriam atrair toda uma outra vida marinha. «Quando vi que estava a funcionar, começámos a ir buscar blocos maiores e a criar uma paisagem de recife natural. É um verdadeiro ecossistema que está a crescer por si mesmo».

Fabricado na Nova Zelândia, o vidro do restaurante tem 15 centímetros de espessura e foi transportado como uma peça inteira, tendo sido depois colocado no mar com uma grua especial – um processo que levou dois anos.

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