Ainda se lembra da viagem que marcou o início da vontade incessante que sente de ver e conhecer mais? A de quem vos escreve foi aos quatro anos, numa região apelidada como “muito longe, no sul de Portugal”, mais conhecida por Albufeira.

Praias de areia dourada e macia, falésias de tom escarlate, um mar cintilante e uma picada de mosquito na vista direita a marcar todas as fotos das férias. Assim é a memória guardada de Albufeira, o primeiro destino onde conheci o verdadeiro significado da palavra “férias”.

Em Albufeira o sol brilha quase todo o ano e é difícil não tropeçar em praias paradisíacas de qualidade, bares e noites animadas. Foi em busca disto mesmo que, numa madrugada de agosto, o destino escolhido foi a Praia dos Pescadores, o mais conhecido cartão de visita de Albufeira. Do alto dos tenros quatro anos de idade – e bastante empenhada na tarefa de mergulhar o máximo de vezes possível no mar de temperatura convidativa – foi difícil entender, mas Albufeira é a perfeita junção de Natureza e tradição aliadas à simpatia e arte de bem receber das suas gentes.

No primeiro dia, a missão foi aproveitar o sol numa das muitas praias certificadas pela Bandeira Azul e, quando a noite chegou, passear nas ruas da cidade, iluminadas pelas luzes dos restaurantes, bares e discotecas. Da parte mais antiga de Albufeira, basta seguir caminho pela linha de mar para aproveitar a vista até à marina, o cenário perfeito para fotos, embelezadas pelas embarcações dos pescadores e o clima artesanal piscatório. As festas de rua organizadas pela Câmara Municipal marcam o ritmo de cada noite, trazendo um espetáculo diferente à noite de Albufeira e fazendo as delícias de quem passa e não resiste a um pé de dança.

Em Albufeira o sol brilha quase todo o ano e é difícil não tropeçar em praias paradisíacas de qualidade, bares e noites animadas

A vista do quarto de hotel, virado para a Praia dos Pescadores, iluminava-se com a luz de cada manhã, que anunciava nos primeiros raios de sol um novo dia. Numa dessas manhãs, bastou percorrer alguns quilómetros fora da cidade para se perder de vista o areal e encontrar casas caiadas, com telhados vermelho ocre contrastantes com o rendilhado branco das chaminés características da região. Os pinheiros e laranjeiras salpicavam de verde a paisagem e mostraram um quotidiano bem diferente do costeiro, feito de tranquilidade e natureza.

Entre as atividades que a região oferece para praticar em família, é inegável a alegria sentida numa excursão de barco, um passeio que no Algarve vem com o bónus extra de encontrar simpáticos golfinhos que nadam e mergulham, fazendo as delícias de miúdos e graúdos e não raramente mostram um “sorriso” para os flashes das câmaras fotográficas.

Foi aqui mesmo, num sítio “no sul do país” que os limites do horizonte deixaram de ser os limites do meu mundo. Aqui mesmo, em Portugal. São 20, os anos que separam esta viagem deste texto, mas Albufeira continua ali, à espera de ser descoberta, um restaurante, uma caminhada e um dia de praia de cada vez.

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