Quando pensamos em Singapura, surgem-nos logo imagens de arranha-céus e grandes centros comerciais, numa cidade-nação ultraorganizada e cheia de regras.

Mas há muito para descobrir na vizinha da Malásia, para além dos mega edifícios futuristas e dos cenários à la filme de ficção científica.

Em Pasir Panjang, na zona sul de Singapura, esta cidade a quem tantos chamam a Nova Iorque asiática convida-nos a viajar pelas tradições budistas. Estamos a falar do Haw Par Villa, uma espécie de “parque temático” sobre o budismo, concebido especialmente para iniciados nesta crença, onde é explicada a origem dos seus misticismos.

Os chineses de Singapura têm quase sempre histórias para contar sobre o Haw Par Villa: especialmente sobre como foram levados ao parque pelos pais quando eram miúdos, para aprender a importância da moral e de praticar o bem. É que este parque está repleto de figuras que representam as consequências de más ações em vida, nas próximas reencarnações.

A cidade a quem tantos chamam a Nova Iorque asiática convida-nos a viajar pelas tradições budistas

Fundado em 1937, por Aw Boon Haw e Aw Boon Par, os criadores do medicinal bálsamo de tigre (famoso por aliviar todo o tipo de dores musculares), chamava-se na altura “Tiger Balm Gardens”, mas após anos de alterações (algumas estátuas foram levadas para o Jardim Chinês na parte oeste de Singapura), acabou por ser rebatizado como Haw Par Villa.

Além das referências ao budismo, o Haw Par Villa é uma preciosa clareira de tranquilidade, refúgio do bulício típico de uma cidade asiática. À entrada, encontramos um belíssimo lago com carpas koi e tartarugas, aos quais somos livres de dar comida. Entre as árvores, templos e uma inesperada Estátua da Liberdade, encontramos um lugar idílico para relaxar e desfrutar em pleno de um ambiente puramente oriental.

Pelo parque, descobrimos figuras mitológicas entre outras menos esotéricas como o Rei Macaco e lutadores de sumo, ou surpreendentes representações de batalhas entre coelhos e ratos (enfim, importa não esquecer que estamos na Ásia). No final, depois de descobrir o que é conhecido entre os locais como “o inferno budista”, vale a pena regressar ao lago das karpas koi antes de deixar o Haw Par Villa, para recuperar a terapêutica sensação daquele local.

Talvez pelo apelo do Haw Par Villa, hoje em dia existem outros refúgios em Singapura para escapar à confusão da cidade. Perto da Marina, encontramos o deslumbrante projeto paisagístico “Jardins da Baía”, com 18 “superárvores”, concebidas entre o melhor da tecnologia e da natureza. Há uma estufa repleta de flores e mega arbustos; uma “floresta nas nuvens”, onde escadas em labirinto nos levam até ao topo de um jardim selvagem; e ainda gigantes estruturas de fios de luz coloridos em forma de árvores.

Para terminar em beleza esta descoberta pelos recantos escondidos de Singapura, vale a pena descobrir ainda um jardim que parece saído das histórias do Dr. Seuss: em Little India, as frondosas árvores de uma praceta foram decoradas com chapéus de chuva coloridos. O refúgio perfeito para os dias de chuva, mas também para o calor que, durante todo o ano, impera em Singapura. Afinal, esta é uma cidade onde as temperaturas se situam quase sempre entre 27º C e 34º C, por isso os singapurenses apreciam uma boa sombrinha…

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