Quem não gosta de encontrar uma oferta especial num hotel ou um bilhete de avião a um preço muito baixo?

Chelsea Dickenson tem 28 anos, vive no norte de Londres e embarcou numa missão: ver quantas viagens poderia fazer em 12 meses – uma por mês -, com menos de 2 mil euros no total. Conta agora como o conseguiu e incentiva os viajantes a fazerem boas escolhas e partirem para novas aventuras.

O orçamento médio dos britânicos para viajar é de 3418 libras. Chelsea, uma produtora de televisão, blogger e youtuber, quis provar que é possível gastar muito menos e fazer muitas viagens com metade desse orçamento.

Chelsea estabeleceu certas regras para o seu desafio de fazer 10 viagens pelo mundo com menos de 2 mil euros: as viagens teriam de ser de duas noites ou mais, e duas delas teriam de durar pelo menos cinco noites. Dois dos seus pressupostos eram ainda apanhar um voo em classe executiva e chegar a pelo menos três continentes.

Reservar viagens é um dos passatempos preferidos desta viajante, mas nem tudo foi tão simples quanto poderia parecer. «Houve definitivamente momentos em que pensava que não iria conseguir cumprir o meu objetivo – principalmente na minha última viagem, uma paragem entre Nova Iorque e Miami, duas cidades onde o alojamento é tão caro», explica ao Mail Online Travel.

Outra das dificuldades foi conseguir desdobrar os dias de férias anuais para viajar mensalmente e cumprir com os requisitos do desafio: «Foi difícil, mas acabei por ficar com alguns dias livres para aproveitar no fim do ano».

No seu blog howmanyholidays.com, Chelsea revela como conseguiu gastar tão pouco e dá algumas dicas para outros viajantes.

Em primeiro lugar, aconselha a reserva de alojamento num Airbnb em vez de num hotel.

Outra dica que destaca, é verificar se há códigos de descontos antes da reserva. «Por exemplo, se estivesse a reservar um hotel através do site hotels.com, deveria pesquisar primeiro ‘códigos de vouchers hotels.com‘ ou ‘código de promoção de hotels.com‘ tanto no Google como no Twitter», conta.

«Nem sempre vale a pena, mas quando tal acontece, é ótimo saber que podemos gastar muito menos à distância de um clique. Além disso, se nunca usou o Airbnb, normalmente consegue cerca de 25/30 euros na sua primeira estada se um amigo lhe enviar um código», afirma.

Fazer cortes nas despesas para chegar a zero é também possível, uma vez que se consegue alojamento gratuito se se fizer house ou pet sitting (tomar conta da casa ou animais de estimação de outras pessoas). Chelsea conseguiu uma casa de três andares em Paris durante 14 dias sem pagar nada – «A única coisa que tive de fazer foi comprar um voo até Paris».

Mas há mais: a blogger inscreveu-se num site de troca de casas – lovehomeswap.com – e conseguiu ficar hospedada com o namorado em Nova Iorque, numa casa avaliada em 1,7 milhões de dólares por apenas 55 dólares o casal.

Outros truques para poupar incluem inscrever-se para um cartão de viagens de comboio, ou definir alertas no telemóvel para voos de última hora, viagens de barco e alojamentos com descontos.

«Fui a Gdansk, na Polónia, ter com um amigo (era mais barato encontrarmo-nos lá do que pagarmos uma viagem de comboio para a localidade onde vive o outro). E apaixonei-me pela cidade».

Mas em relação ao voo em classe executiva, como terá Chelsea conseguido?

A viajante diz que é muito mais fácil poupar e conseguir algo de luxo do que as pessoas pensam. «O voo em classe executiva de British Airways para Benidorm foi uma das reservas mais fáceis, porque custou apenas 216 libras ida e volta (cerca de 245 euros). Muitas pessoas não sabem que podem encontrar voos em classe executiva para uma série de destinos europeus por um preço muito bom. É verdade que pode não encontrar os bancos que se transformam em cama; no entanto, tem na mesma a área exclusiva de check-in, podendo transportar duas malas. Além disso, há prioridade na segurança e no embarque, e consegue-se acesso aos lounges business. Já para não falar da refeição de quatro pratos a bordo», conta.

Chelsea Dickenson fez vídeos para o seu canal de Youtube, onde foi dando algumas dicas e mostrando como decorria o desafio. O importante é ser flexível com datas e locais, e saber usar facilidades de pesquisa como o Skyscanner e o Kayak para descobrir as melhores ofertas de voos.

A viagem épica de Chelsea levou-a a passar três noites em Valência, Espanha, quatro noites no Dubai, Emirados Árabes Unidos, duas noites em Aarhus, Dinamarca, duas noites em Dublin, Irlanda, três noites em Benidorm, Espanha, duas noites em Margate, Reino Unido, catorze noites em Paris, França, duas noites em Gdansk, Polónia, duas noites em Timisoara, Roménia, e oito noites em Nova Iorque e Miami, nos EUA, tudo por um total de 1704,45 libras (cerca de 1931 euros).

«Aquilo que mais gosto de viajar com pouco dinheiro é o facto de que isso provavelmente significa que iremos passar os nossos dias a viver como um habitante local. Um local não fica na fila durante horas à espera para subir ao Empire State Building ou à Torre Eiffel, ou gasta centenas de euros para visitar uma atração turística. Sim, é por esses monumentos e atrações que muitos destinos são conhecidos, mas prefiro descobrir onde está o bom café e o bar que serve os melhores cocktails», disse Chelsea à Lonely Planet Travel News.

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