Chernobil, na atual Ucrânia, tem ganho, nos últimos anos, um grande interesse por parte dos turistas. É o chamado «dark tourism» (turismo associado a locais historicamente relacionados com mortes ou tragédias), procurado por cada vez mais pessoas.

Em meados da década de 1970, a União Soviética construiu uma central nuclear em Chernobil. Os milhares de trabalhadores da central não viviam no local, mas sim em Pripyat, uma cidade a quatro quilómetros de distância. A 26 de abril de 1986, o Reator 4 da central nuclear explodiu e uma imensa nuvem radioativa invadiu a Ucrânia e outras zonas da Europa, contaminando pessoas, animais e o meio ambiente. A explosão causou um incêndio que durou dez dias. A área à volta do local foi evacuada, assim como Pripyat. Mais de 100 mil pessoas tiveram de deixar as suas casas. Hoje, existe ainda uma zona interdita.

No entanto, como os níveis de radioatividade baixaram significativamente, é possível visitar a cidade fantasma. A Travel + Leisure apresenta Chernobil como um dos lugares mais desejados por aqueles que procuram uma experiência diferente e única. Aliás, é hoje um destino de viagem de eleição para muitos ucranianos e estrangeiros curiosos. Em 2016, o The Telegraph afirmava que mais de dez mil turistas têm visitado anualmente a cidade fantasma.

Apesar de não ser seguro residir num raio de 30 quilómetros a partir da central, as tours são permitidas e organizadas por empresas ucranianas. Os passeios podem durar um ou dois dias, porque, ainda que a radiação seja atualmente menor, não é 100% seguro permanecer muito tempo em Chernobil. Normalmente, os grupos saem de Kiev pela manhã e regressam doze horas depois, isto no caso da visita diária. Embora a maior parte dos turistas não tenha ainda permissão para entrar na central nuclear propriamente dita, ela é claramente visível a partir da estrada. É possível observar o próprio Reator 4 a uma distância de aproximadamente 300 metros.

Na localidade, há também um centro para turistas e um museu. As visitas incluem uma passagem pela cidade de Pripyat, que permanece tal como foi deixada há trinta anos, e pela vila de Paryshiv, um pouco mais afastada de Chernobil, mas que ainda se encontra na área proibida. Ali vivem hoje algumas pessoas que quiseram regressar às suas casas, apesar das restrições impostas.

Os preços variam, mas há visitas diárias a partir de 79 euros. No caso dos programas de dois dias, os preços começam nos 274 euros. A noite pode ser passada num dos três hotéis instalados na área segura.

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Por Mafalda Magrini – Fotografias Direitos Reservados

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