Sri Lanka

Texto de Ricardo Santos
Fotografias de Artur Cabral

E um dia os astros alinham-se, a viagem ao Sri Lanka concretiza-se. Há quem diga que é como a Índia, mas bastam os primeiros minutos fora do aeroporto de Colombo, a capital, para se perceber que não é bem assim. O caos não é comparável, muito menos a miséria a olho nu. Refeita de uma guerra civil que matou dezenas de milhares de pessoas, a Taprobana de Os Lusíadas já não é um destino inalcançável ou terra de mil perigos. A religião dominante, o budismo (cerca de 75% da população), torna toda a experiência social diferente do gigante hindu, vizinho de cima desta ilha em forma de lágrima.

Escolher o primeiro destino após a capital é a tarefa mais complicada. Não faltam opções. O património distinguido pela UNESCO pode ser um bom filtro e Anuradhapura a melhor oferta em cima da mesa. O complexo de templos e outros edifícios religiosos merece bem uma visita.

No caminho até lá, que pode ser feito de comboio ou autocarro, nada como uma paragem na região de Polonnaruwa para nos rendermos aos elefantes, os gigantes do território. Orfanatos, quintas de recuperação da espécie ou leitos de rios são locais onde estes animais estão presentes. Ajudar com trabalho voluntário, para além de visitar, é uma hipótese em cima da mesa. Outro ponto quase obrigatório é a antiga cidade de Sigiriya, no topo de um imenso rochedo alcançável apenas por uma escadaria íngreme e longa.

As costas leste e sul da ilha foram afetadas pelo tsunami de 2004. Hoje recuperaram a beleza e o interesse internacional.

O mesmo acontece no Pico de Adão, alegadamente o local onde Adão colocou o pé quando foi expulso do Paraíso. Galle, cidade fortificada com herança portuguesa, Kandy, onde se encontra o Templo do Dente de Buda, e os 14 parques naturais do país também não podem ser deixados de lado.


Artur Cabral , Fotógrafo

Nasceu em Lisboa em 1979. Licenciado em Arquitetura, nos últimos anos tem privilegiado a fotografia. Autodidata, divide o seu trabalho entre reportagem, moda e viagem, tendo sempre como referência e preferência a figura humana, os momentos e instantes.

Como freelancer, tem colaborado com diversas entidades, como o Turismo de Lisboa, Jerónimo Martins, HBD, Moda Lisboa, Elite Lisbon, publicando com regularidade em revistas como a Volta ao Mundo, Sunday Times, Africa Geographic, Orion ou GQ. Na área da moda, tem fotografado editoriais e composites para agências e particulares.

Em viagem, tem privilegiado o continente africano, talvez porque lhe esteja no sangue ou apenas pela fotogenia natural do seu povo e vida selvagem. Recentemente virou-se também para a Ásia, atraído pelo exotismo do continente, das suas pessoas e ambientes.

Saiba mais em arturcabral.com ou instagram.com/arturcabral

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