A ilha de Boracay, um dos destinos de férias mais concorridos da Ásia, vai estar fechada ao turismo durante seis meses para uma reabilitação profunda.

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, decretou «estado de calamidade», pedindo para que Boracay fosse deixada de fora dos limites para turistas. Depois de visitar a ilha, o presidente ficou indignado com as «violações ambientais» que deixaram a ilha semelhante a uma «fossa».

Boracay tem apenas quatro quilómetros de comprimento e cerca de 1,6 quilómetros de largura, e fica a sensivelmente 320 quilómetros a sul da capital do país, Manila. É conhecida por ser a ilha da festa, com praias de postal e diversão noturna – é a «Cancún da Ásia».

«Bora vai ficar fechada a turistas a partir de 26 de abril de 2018», afirmou Harry Roque, porta-voz do presidente. Esta medida foi aprovada por Rodrigo Duterte na quarta-feira, 4 de abril, durante o 24º Conselho de Ministros, no Palácio de Malacañang, em Manila.

Em comunicado, o vice-secretário executivo sénior, Menardo Guevarra, disse que a proposta de reabilitação de Boracay foi aprovada: «A proposta do DENR / DOT / DILG foi aprovada depois de uma discussão exaustiva». Serão ativados fundos de calamidade para ajudar os trabalhadores afetados pelo fecho da ilha.

Espera-se que o governo imponha leis ambientais rigorosas, o que poderá envolver a demolição de partes da infraestrutura turística – especialmente nos hotéis à beira-mar.

 

Consequências para a população:

Segundo um residente inglês da ilha, «ao longo da Praia de Bulabog, todos os hotéis foram avisados de que não podem estar a menos de 30 metros do mar. Isso implica, para a maioria, destruir metade dos hotéis».

Mas há mais: outros investidores vão assistir à destruição das suas propriedades porque «foram construídas em terrenos florestais», apesar de terem recebido permissão para serem construídas naquela zona.

Os danos económicos desta medida poderão ser substanciais, visto que «cerca de 30 mil trabalhadores não terão emprego dentro de três semanas», disse o residente britânico ao jornal The Independent. «A população está absolutamente devastada».

Os visitantes com reservas pré-pagas para hotéis em Boracay poderão solicitar reembolso em breve, mas há dúvidas sobre se as tarifas aéreas serão reembolsáveis.

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