Preocupado com o pouco espaço para as pernas nos aviões? Uma revolução nos lugares dos aviões poderá estar para breve.

Já alguma vez se imaginou sentado numa bicicleta entre Nova Iorque e Miami? Pois é, o novo protótipo dos bancos dos aviões assemelha-se ao selim de uma bicicleta, mas com um encosto lombar. Custa a acreditar? O melhor é mesmo ver e ler para crer.

A Aviointeriors, fabricante de assentos com sede em Itália, atualizou o seu conceito de bancos em pé que tem vindo a apresentar há alguns anos (mas que nenhuma companhia aérea comprou até ao momento). O SkyRider 2.0 é a nova solução inteligente e moderna de bancos para as aeronaves do futuro.

Então, o que o SkyRider 2.0 tem de original em relação ao SkyRider original? Como explica o fabricante, tem «densidade ultra-alta». Mas em termos leigos, isso significa que estes assentos poderão acomodar ainda mais pessoas nos aviões.

A Aviointeriors explica que «o SkyRider 2.0 garante a posição vertical do passageiro melhorada, permitindo a instalação de assentos num espaço reduzido, enquanto mantém um conforto adequado».

O selim é tão estreito que o compartimento onde fica guardado o colete salva-vidas se tornou uma característica de design proeminente em vez de um elemento invisível do assento.

Por outro lado – mais positivo -, os apoios para os braços são bem mais generosos do que alguns dos que se podem ver nos novos assentos da classe económica. Mais boas notícias: «O design deste assento permite aumentar em 20% o número de passageiros, permitindo aumentar os lucros das companhias aéreas. Além disso, o Sky Rider 2.0 pesa menos 50 por cento do que os assentos da classe económica novos e o número reduzido de componentes permite custos mínimos de manutenção», afirma a Aviointeriors.

A empresa revelou o SkyRider 2.0 na Aircraft Interiors Expo, em Hamburgo, um evento direcionado a compradores das companhias aéreas, e não ao público viajante. Num mundo ideal, os interesses dos compradores das companhias aéreas e dos passageiros deveriam estar lado a lado. No entanto, no mundo real, esse nem sempre é o caso.

Para a exposição, a empresa pintou o novo Sky Rider 2.0 nas cores da Ryanair – e isso não é uma coincidência.

Na altura em que a primeira versão dos assentos em pé foi lançada, o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, brincou com a possibilidade de considerar ter pessoas a viajar em pé. Mas isso foi apenas mais uma da série de declarações de O’Leary. A Ryanair tem assentos padrão nos aviões e anunciou que não planeia lançar uma classe em pé.

Especialistas em assentos de aeronaves ainda olham de lado o SkyRider. Para começar, há questões de segurança que podem surgir se os passageiros estiverem em pé durante um acidente. O espaço dos compartimentos superiores seria menor, pois os regulamentos exigem uma folga vertical entre as cabeças dos passageiros e a superfície rígida acima, em caso de turbulência. E não há espaço para guardar objetos pessoais debaixo do selim.

Mas a Aviointeriors não gasta todo o seu tempo a redesenhar um assento que ninguém compra. Esta empresa também faz bancos para classe económica, para a business classe e primeira classe.

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