É uma das mais experientes e reconhecidas fotógrafas portuguesas. Céu Guarda foi ao Sudeste Asiático e trouxe-nos histórias de vidas, imagens cheias. De informação, de camadas, de sensações. Viajar é descobrir e dar a conhecer.

Fotografias de Céu Guarda

Por terra e mar, de barco ou autocarro, com e sem camas, em táxi ou tuk-tuk. Foi assim que a fotógrafa Céu Guarda descobriu Vietname e Camboja. Mostra-nos, como só ela sabe, como se entra na intimidade de um povo, como se quebram barreiras e se aproximam as pessoas.

O Vietname tem mais de 90 milhões de habitantes e faz parte da península da Indochina, no Sudeste Asiático. Faz fronteira com China, Laos, Camboja e Malásia, através do mar do Sul da China. Com o fim da mediática guerra, em 1975, e a reunificação do Norte e do Sul do país, a capital passou a ser Hanói. Para trás no tempo ficou o império chinês, a presença francesa em meados do século XIX e a ocupação japonesa nos anos 1940.

Quanto ao Camboja, está na mesma península, sendo manifestamente menos populoso – 15 milhões de habitantes. Faz fronteira com a Tailândia, Laos, Vietname e com o golfo da Tailândia, a sudoeste. A capital e maior cidade é Phnom Penh e cerca de 95% da população é budista. Essa tradição religiosa está bem presente no património arquitetónico do país, sendo um dos mais procurados pelos milhares de turistas que todos os anos visitam esta região da Ásia.

Das praias de folheto às «armadilhas» para turistas, da comida de rua às manifestações religiosas, viajamos pelo Camboja e pelo Vietname com o olhar crítico de uma fotógrafa habituada a contar histórias. E na Ásia elas estão em cada esquina, sem exagero. Basta estar atento e deixar-se levar por um mundo tão diferente do nosso. Enquanto o turismo não conquistar e destruir a alma dos habitantes destes dois países – e de tantos outros – vamos poder continuar a descobrir civilizações com passados milenares, costumes transmitidos pela música, pela gastronomia ou pelos testemunhos orais.

Mas estes são também países virados para o futuro. As novas tecnologias estão por todo o lado. Telemóveis de última geração e internet fazem parte do dia-a-dia, a globalização é normal, tal como o apelo consumista. As grandes marcas são as mesmas que conhecemos, o mundo está a ficar mais pequeno, mas ainda há oásis de autenticidade nas vidas normais. Descubra-as connosco.


Céu Guarda, Fotógrafa

Nasceu em Mora, no Alto Alentejo, e poucos meses depois foi viver para Lisboa com os pais e restante família. Depois de terminar o ensino secundário entrou para o centro de arte e comunicação visual AR.CO. Aos 20 anos partiu para Paris, onde permaneceu alguns meses sempre com a fotografia a acompanhá-la no dia-adia. Regressou a Portugal, entrou em Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e acabou por também experimentar os caminhos do vídeo e da fotografia. No final da década de 1980 começou a colaborar com um jornal de música, entrou no mundo da fotografia editorial e passou a trabalhar no semanário O Independente, revolucionário na imprensa portuguesa. Aí esteve durante nove anos, desistindo de ser artista e concentrando-se na fotografia. Desenvolveu diversos projetos, foi mãe, editora de fotografia e criou um nome consensual nesta área. Juntamente com cinco outros fotógrafos foi fundadora do coletivo Kameraphoto e fez parte da equipa que iniciou o projeto do jornal i, onde ficou até 2011. Hoje é freelancer e professora de fotografia. Regressa às páginas da Volta ao Mundo com a sua visão única sobre Vietname e Cambodja, depois de já nos ter conquistado com um portfólio especial sobre Pequim.


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