Chernobil, na Ucrânia, não é um destino óbvio para passar férias. Mas isso está prestes a mudar. Se é fã de festivais de música, vai querer (seguramente) visitar esta cidade durante o verão.
Cerca de 30 anos após a catástrofe nuclear de abril de 1986 que ocorreu em Chernobil (um acidente classificado com o nível sete na Escala Internacional de Eventos Nucleares), diversas empresas de turismo têm vindo a promover visitas guiadas em Pripyat, uma cidade que foi evacuada depois da explosão.
Ao ver os turistas a interagirem com os trabalhadores das centrais elétricas, Dominik Orfanus, fundador da Chernobylwe, empresa que organiza visitas guiadas em Chernobil, teve a ideia de organizar um festival: o Chernobyling.
«Os turistas queriam saber mais sobre a vida dos trabalhadores em Chernobil e sobre o que é interessante para os turistas naquela área abandonada há mais de 30 anos», contou Orfanus à Lonely Planet. «Um festival parecia ser a melhor maneira de fazer isso acontecer e ajudar a zona ao mesmo tempo», acrescentou.
De acordo com informações avançadas pela mesma publicação, os rendimentos deste festival – que decorre de 31 de agosto a 2 de setembro – vão para os residentes de Slayutych, uma cidade construída para acolher trabalhadores das centrais nucleares e as suas famílias, e ainda para as babushkas (avós, em português) de Chernobil, que foram objeto de um documentário de 2015 sobre moradores locais, que se recusaram a ser evacuados da zona de exclusão (contaminada pelo acidente) estabelecida pelos militares.
O festival Chernobyling, que vai realizar eventos na capital ucraniana, Kiev, e ainda nas proximidades da central, irá receber Djs, desafios de geocaching, demonstrações de arte de rua e mais de 15 bandas de rock, metal e eletrónica.
Para além de reavivar Chernobil – local onde decorreu o desastre nuclear mais famoso do mundo -, este evento tem também o objetivo de incentivar a reflexão, com um minuto de silêncio em homenagem das vítimas do acidente e ainda com palestras de especialistas internacionais para educar os ‘festivaleiros’ sobre o impacto e o legado de Chernobil.
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Estes são os festivais internacionais de música que não pode perder este verão
