A aldeia Polignano a Mare, situada em Puglia, Itália, começou a cobrar aos turistas o acesso ao seu centro histórico. A nova medida está longe de ser consensual e já foi alvo de várias críticas.

Lançado este mês, o novo sistema tem como objetivo «atrair turistas mesmo durante os meses de inverno», explicou o presidente do município, Domenico Vitto, ao jornal britânico The Telegraph. «Temos um grande número de visitantes durante o verão, mas depois diminui para quase nada em outubro e a cidade está morta», acrescentou o responsável.

A entrada no centro histórico de Polignano a Mare tem um custo de cinco euros. Segundo informações avançadas pelo mesmo jornal, o bilhete inclui «pipocas, donuts, algodão doce e uma bebida».

Em vigor durante toda a quadra natalícia, mais precisamente, até ao dia 6 de janeiro, esta iniciativa pretende tornar esta aldeia italiana «menos dependente da sazonalidade», afirmou Domenico Vitto à mesma publicação, acrescentando ainda que os residentes não precisam de comprar bilhete para entrar.

A nova medida implementada em Polignano a Mare tem sido alvo de várias críticas. A Confesercenti Terra di Bari, uma associação empresarial local, defendeu que o centro histórico da aldeia é um espaço público que deveria estar aberto a todos. «Transformar a aldeia numa espécie de show business, como se fosse um parque de diversões para uso privado, não é uma boa ideia», realçou a associação, em comunicado.

Porém, Polignano a Mare não é a única localidade a defender esta medida. Alberobello, uma aldeia vizinha conhecida pelos telhados cónicos em pedra, também está a pensar adotar este sistema.

É de recordar que, no início de 2018, Veneza instalou torniquetes para controlar o excesso de turistas (ainda que sem cobrar entrada) e que a cidade Civita di Bagnoregio, localizada a poucos quilómetros de Roma, também cobra uma taxa de admissão de cinco euros aos turistas.

Percorra a fotogaleria acima para ver mais imagens desta aldeia em Itália.

O que não deve fazer para não ser multado no estrangeiro


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