Madrid vai revolucionar o trânsito no centro da cidade a partir de sexta-feira, 30 de novembro, com a proibição de circulação de veículos poluentes de não residentes, uma medida que diminui o acesso diário a 58.678 carros e baixa 40 por cento dos gazes nocivos.
A câmara municipal da capital espanhola, que tomou esta decisão, defende que o nível de poluição sonora também será reduzido significativamente e que haverá uma recuperação importante do espaço público, a favor dos transeuntes.
A partir desta sexta-feira apenas poderão circular pelos 472 hectares do que é considerado a parte central de Madrid os veículos dos residentes, que podem autorizar 20 convidados por mês, os que poluem pouco e os elétricos, para além do das pessoas com mobilidade reduzida.
O transporte público coletivo, táxis, autocarros e veículos de transporte com condutor, e os considerados «limpos» – bicicletas, triciclos – também estão autorizados.
Para a maioria dos condutores, a única forma de ir ao centro de carro só será possível se estacionarem numa garagem autorizada pelo município e se o seu veículo a gasolina não for anterior a 2000 e no caso de motor a gasóleo anterior a 2006.
Segunda a autarquia pretende-se reduzir em 40 por cento a poluição de dióxido de nitrogénio e em 37 por cento o tráfego diário no centro de Madrid.
As limitações começam na sexta-feira, mas só a partir de março de 2019 é que será cobrada a multa de 90 euros para quem não respeitar as novas regras
Em dezembro será feito um controlo dos infratores de forma manual, com voluntários a informar os condutores das alterações decididas e o que devem fazer.
Em janeiro começará a funcionar o sistema informático que irá registar de forma automática os veículos que entrem no centro, assim como a aplicação Internet para os residentes solicitarem autorização de entrada a convidados.