Cerca de sete milhões de passageiros sofreram perturbações em voos com partida de Portugal em 2018, como consequência de atrasos ou cancelamentos de 34% das ligações, divulgou hoje a empresa AirHelp.
De acordo com um comunicado da empresa de defesa dos direitos dos passageiros aéreos, cerca de 64.000 voos com partida em Portugal, correspondentes a 34% das ligações, «chegaram ao destino com mais de 15 minutos de atraso ou foram cancelados».
Segundo a AirHelp, a percentagem de voos afetados corresponde, em média, a 20 mil pessoas lesadas por dia, cerca de sete milhões no total de 2018, dos quais 340 mil terão direito a compensação de acordo com o regulamento EC261.
O regulamento EC261 estabelece regras europeias para a indemnização e assistência a passageiros de transportes aéreos em caso de recusa de embarque e de cancelamento ou atraso considerável.
Em termos percentuais, de acordo com os dados da AirHelp, a companhia aérea que registou mais perturbações nas partidas de Portugal foi a Azores Airlines, subsidiária do Grupo SATA que opera fora dos Açores, com 44% das ligações afetadas, seguindo-se a TAP (41%), a SATA Air Açores, também subsidiária do Grupo SATA (29%), a Easyjet (27%), e a Ryanair, que com 19% das conexões afetadas apresentou a melhor performance.
Já em termos nominais, o maior número de voos com perturbações foi registado pela TAP, com cerca de 32.900 conexões afetadas, seguindo-se a Ryanair (cerca de 5.700), Easyjet (5.600), SATA Air Açores (4.500) e Azores Airlines (2.500).
Relativamente aos aeroportos, o Humberto Delgado, de Lisboa, apresentou maior percentagem de voos com perturbações, com 37%, seguindo-se-lhe os aeroportos João Paulo II, em Ponta Delgada, com 34%, o Francisco Sá Carneiro, no Porto, com 26%, o Cristiano Ronaldo, na ilha da Madeira, com 24% e o de Faro, com 15%, que apresenta a melhor prestação.
Em termos nominais, o aeroporto de Lisboa também foi o que registou mais perturbações nas partidas, com cerca de 38.700 conexões afetadas, seguindo-se os aeroportos do Porto (cerca de 11.500), Faro (3.900), Ponta Delgada (3.100) e Madeira (2.500).
Segundo a AirHelp, fundada e presente em Portugal desde 2013, 2018 «bateu recordes em termos de perturbações e de passageiros com direito a compensação», com os números mundiais a apontar para mais de 10 milhões de pessoas com direito a serem compensadas por perturbações nos voos.