É um dos locais que tem mesmo de visitar se estiver pouco tempo na capital senegalesa. De nome oficial Retba, localiza-se a pouco mais de 40 quilómetros de Dakar. O lago assume o tom que lhe dá o nome mais popular graças ao reflexo do sol. É também local de produção de sal e era aqui que terminava o famoso rali Paris-Dakar.
2. Chez Salim
salim-lacrose.com
Uma vez no lago Rosa procure este hotel. Situado entre o lago e a praia (a 200 metros do primeiro e 700 da segunda), conta com cerca de 50 quartos totalmente equipados. Mesmo que não queira ficar hospedado, o hotel vale a pena ser visitado nem que seja para almoçar no restaurante principal cujas paredes estão repletas de milhares de mensagens de participantes no rali Paris-Dakar que ali montaram o seu acampamento ao longo de anos. Se olhar com atenção vai encontrar muitas mensagens portuguesas. Quarto duplo com pequeno-almoço desde 46 euros por noite.
3. Passeio pelas dunas
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Ainda no hotel pergunte por Sami. É o responsável pelo conjunto de moto 4 que estão disponíveis para aluguer. Será ele, ou o irmão mais novo, quem o poderá guiar por um passeio de cerca de uma hora pelas aldeias em redor do lago e fará certamente uma paragem na praia onde poderá tomar banho em águas quentes enquanto os caranguejos se apressam para se esconder à sua passagem.
4. Lagon 1
lelagondakar.com
É um dos melhores restaurantes de Dakar. Localizado bem perto do palácio presidencial, foi ao longo dos anos o local de eleição de políticos e estrelas internacionais – cada um com direito a uma placa a assinalar a ocasião. A decoração intimista do restaurante faz lembrar o ambiente de Vinte Mil Léguas Submarinas. E a esplanada sobre o mar dá uma perspetiva completamente diferente de Dakar. À chegada tente encontrar o único político português com direito a visita assinalada. Dica: foi primeiro-ministro e presidente da República.
Route de la Petite Corniche Est
5. Charly’s
facebook.com/charlydakar
À noite, é o local ideal se quiser jantar e depois beber um copo. Tem todos os cocktails com e sem álcool a que está habituado(a) e se tiver sorte poderá visitá-lo numa noite das muitas noites temáticas em que é obrigatório dar um mergulho na piscina deste bar e restaurante ao ar livre. Aliás, mesmo que não haja festa, poderá tomar banho à noite. Desde que tenha fato de banho – ou não.
6. Monumento do Renascimento Africano
É a maior estátua de África. É mesmo maior do que o Cristo Redentor. Localizada em Mamelles, construída para comemorar os 50 anos da independência senegalesa, a obra simboliza a força do homem africano e o caminho do futuro: uma criança que aponta para noroeste, ou seja, para os Estados Unidos, visto como terra da liberdade e do progresso. Pode subir até à cabeça da estátua e observar a panorâmica da cidade. A autoria é de Pierre Goudiaby Atepa.
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Na maior cidade do Senegal vivem mais de três milhões de pessoas.
Está a pensar visitar Dakar? Então precisa de saber isto: o trânsito é caótico; a maioria dos edifícios, especialmente aqueles fora das principais avenidas e do centro urbano, parecem estar em ruínas; a pobreza é generalizada; uma garrafa de vinho banal pode custar mais de 40 euros num restaurante; e o calor pode ser sufocante. Nada disto o demoveu e continua a pensar visitar a capital do Senegal? Ótimo. Então está preparado para uma viagem até África e não se vai arrepender. A mais ocidental das cidades africanas é uma capital vibrante e segura, casa não só para mais de três milhões de senegaleses, mas também para dezenas de milhares de expatriados ocidentais – divididos entre as agências da Organização das Nações Unidas, embaixadas, empresas multinacionais e instituições financeiras – que nela vivem como se estivessem na Europa ou nos Estados Unidos e, graças aos seus salários muito acima da média nacional, usufruem de uma larga oferta de restaurantes, bares e esplanadas.
O país é maioritariamente muçulmano, os seus elementos são extremamente tolerantes e um ocidental mal nota a diferença. O consumo de álcool e tabaco é feito às claras, existem igrejas católicas e os homens muçulmanos casam com mulheres cristãs. Obviamente que há diferenças: é vulgar encontrar fiéis islâmicos a lavarem-se nas ruas ou nas casas de banho antes das orações diárias – que também podem ser feitas na rua –, existem mesquitas em todos os bairros e em todas as aldeias em redor. Para as visitar poderá optar pelos tradicionais autocarros coloridos ou embarcar num táxi (não há taxímetros, tem de combinar – e regatear – o preço antes de entrar no veículo).
Restaurantes, bares, um lago mítico, a maior estátua do continente africano, todo-o-terreno e hotéis à beira do mar. Todo o Senegal está representado na sua capital, com os seus extremos bem vincados: do luxo à pobreza, da tensão à harmonia social.
A falta de infraestruturas e o mau estado de algumas estradas leva ao caos no trânsito. Mas há um lado bom da moeda: se tem prazer em passar traços contínuos ou sinais vermelhos, Dakar é o local certo para si. As regras de trânsito parecem ter sido feitas para ser quebradas. Por outro lado, se for apanhado a conduzir sem carta vai preso. O estado de grande parte dos edifícios deve-se ao facto de a cidade estar ainda em construção e a maior parte das empresas só avançar com as obras quando têm dinheiro disponível. Já o preço do vinho também tem uma boa explicação: a importação de bebidas alcoólicas paga 100% de impostos. Um bom motivo para optar antes por uma cerveja local, que parece um refresco, e tentar enganar por alguns minutos o calor sufocante. Afinal, estará em África. Aproveite.