Vinte e dois espetáculos de «tributo aos clássicos» vão ser apresentados durante o 30.º Festival de Artes de Macau (FAM), que vai decorrer entre 03 de maio e 02 de junho, foi hoje anunciado.

«Com respeito pelos clássicos e com a determinação de criar obras que se transformem em clássicos, o festival irá continuar a injetar vitalidade cultural em Macau, permitindo ao público apreciar obras intemporais», indicou o Instituto Cultural, em comunicado.

O FAM abre com o espetáculo «Vertikal», coproduzido pelo conceituado coreógrafo francês Mourad Merzouki, e pela companhia de dança “hip hop” CCN Créteil et Val-de-Marne/Cie Käfig, e encerra com a ópera cantonense «A Alma de Macau», uma produção adaptada pelo dramaturgo Li Xinhua.

No ano em que se assinalam dez anos da data em que a ópera cantonense foi inscrita na lista de Património Cultural Imaterial da Humanidade, o festival aposta nesta produção que surge a partir de uma peça original de um autor local e que conta com a interpretação de atores macaenses e da Trupe de Ópera Cantonense de Foshan, «dando vida à épica história do território, e refletindo a profunda colaboração cultural na região da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau», destacou a organização do festival.

O espetáculo do Teatro do Elétrico de Portugal, que cruza várias peças de Karl Valentin, apelidado de «Charlie Chaplin alemão», é um dos destaques do FAM. Música, dança e teatro integram «Karl Valentin Kabarett», uma fusão de várias peças curtas escritas pelo escritor alemão.

Dezoito anos depois da estreia, o espetáculo de dança «Rain» será reencenado em Macau através da colaboração entre o músico contemporâneo Steve Reich, a coreógrafa belga Anne Teresa De Keersmaeker e a sua companhia de dança Rosas.

O programa inclui o patuá, crioulo de local de matriz portuguesa, inscrito na lista do património cultural imaterial de Macau, com a peça «Tirâ Pai na Putau (Tirar o Pai da Forca)», a cargo do grupo Dóci Papiaçám di Macau.

O FAM apresenta ainda os concertos «Uma Sinfonia Alpina», com apelo à obra de Richard Strauss, pela Orquestra de Macau e pela Orquestra Sinfónica de Shenzhen, e «Pintura Musical Chinesa», pela Orquestra Chinesa de Macau.

No Museu de Arte de Macau estará patente a exposição «Comemoração do 70.º aniversário da Implantação da República Popular da China e o 20.º aniversário do Retorno de Macau à Pátria Beleza na Nova Era – Obras-primas da Colecção do Museu Nacional de Arte da China».

A Região Administrativa Especial de Macau foi criada a 20 de dezembro de 1999, com a transferência do exercício da soberania de Portugal para a China.

Lusa

Uma aventura em Macau por José Luís Peixoto


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