Todos os viajantes sabem que há certos lugares de que gostaram mais do que outros. Um estudo revelou que visitar esses locais que ficaram na memória desempenha um grande papel no bem-estar emocional e físico de cada um.

O UK’s National Trust (Fundo Nacional para Locais de Interesse Histórico ou Beleza Natural do Reino Unido) apresentou um relatório sobre aquilo a que chamou «pesquisa pioneira no cérebro», que ajuda a explicar como os lugares significativos para uma pessoa podem melhorar o seu bem-estar. O fundo trabalhou com estudantes da Universidade de Surrey e com especialistas em pesquisa da Walnut Unlimited, uma agência de investigação e instituição de caridade de conservação do meio ambiente, para elaborar um FMRI aprofundado (Imagem de Ressonância Magnética Funcional) para medir a forma como o cérebro reage aos lugares que considera significativos.

No decorrer da pesquisa, descobriram que, dos tipos de lugares de que as pessoas falavam (como florestas, edifícios ou locais históricos), 42% eram lugares urbanos, como locais relacionados com desportos ou uma cidade natal, e 21% eram lugares semi-urbanos e naturais, como montanhas ou praias. Uma vez que os participantes do estudo eram residentes do Reino Unido, cerca de 8% das pessoas mencionaram algum lugar no Reino Unido, como Yorkshire, enquanto 28% referiram um lugar fora do Reino Unido, como a Grécia.

Esses locais de que as pessoas mais gostam e que lhes trazem boas memórias podem desencadear uma resposta significativa em partes do cérebro associadas a sentimentos positivos, como alegria, calma, felicidade ou excitamento. A pesquisa descobriu que a resposta emocional do cérebro a lugares especiais é maior do que para objetos significativos, como um anel de casamento ou uma fotografia.

A forma como cada um se sente nesses lugares também se traduz em como se vai comportar em relação a eles. Cerca de 70% dos entrevistados já tentaram proteger os locais que significam algo para eles, com ações que vão desde a recolha de lixo, até fazer parte de uma organização para a sua proteção.

Nino Strachey, chefe de pesquisa do National Trust, afirmou num comunicado: «Esta pesquisa confirma que os lugares que adoramos não só moldam quem somos, como também oferecem benefícios físicos e psicológicos profundos, tornando ainda mais vital que tenhamos uma maior atenção a eles, tendo em vista as gerações futuras».

Imagem de destaque: iStock/D.R

Partilhar