Embaixador Song Oh conta que também ele passou a lua-de-mel na lindíssima Jeju.
Por Leonídio Paulo Ferreira
Artigo publicado originalmente na edição de outubro de 2019 da revista Volta ao Mundo, número 300.
Conta o embaixador que, como muitos sul-coreanos, passou a lua-de-mel em Jeju. «Casámo-nos em 1990 e passámos uns dias na ilha, depois também uma noite em Busan», relembra Song Oh, entre risos, enquanto a embaixatriz, que assiste à conversa, sorri.
Chegado neste ano a Portugal, o diplomata está motivado a reforçar os laços bilaterais. E a Coreia do Sul está agora mais próxima com a anunciada abertura de voos diretos entre Lisboa e Seul.
País de grande beleza natural e com valioso património arquitetónico, a Coreia do Sul tem vários atrativos, a começar pela capital, Seul, também Busan e a costa sul, e ainda as montanhas Taebaeck, onde se situa Pyeongchang, que recebeu os Jogos Olímpicos de Inverno. Mas o embaixador destaca Jeju pelo seu clima quase tropical.
«Jeju atrai visitantes durante o ano inteiro. É uma ilha vulcânica, com uma grande montanha no meio, e uma natureza muito bela. Há cascatas, praias, ar puro, percursos para passeios a pé. É património protegido pela UNESCO», sublinha Song Oh. O antigo vulcão é o Hallasan, ou monte Halla, com quase dois mil metros. No inverno, o seu cume branco dá ainda mais charme a Jeju.
O diplomata é de Seul, mas já visitou mais de dez vezes Jeju. Não é uma exceção, pois no ano passado foram cinco milhões os sul-coreanos que visitaram a ilha junto à costa sul da península dividida desde o fim da Segunda Guerra Mundial (relação com a Coreia do Norte atravessa fase positiva desde a participação conjunta nos Jogos de Pyeongchang). Além da beleza natural, Jeju tem algumas tradições especiais, como as mulheres mergulhadoras: «Ao contrário de outras partes da Coreia, em Jeju a tradição fazia as mulheres ajudarem ao sustento do lar. Estas mergulhadoras descem ao fundo marinho para apanhar marisco e peixe sem qualquer equipamento de suporte. É impressionante, mas está a desaparecer pouco a pouco essa prática», nota o embaixador.
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