As mais de 17 mil ilhas do arquipélago indonésio são projeto para várias vidas. E a primeira delas tem de se viver em Java, o epicentro histórico e emocional desse imenso e esplendoroso mundo. Aqui os vulcões continuam ativos como no princípio dos tempos e monumentos com mais de mil anos ressuscitam, dia após dia, a inebriante cultura javanesa.

Texto e fotografias de José Sérgio

Descemos à terra vulcânica fintando os arranha-céus de Jacarta. Para trás ficaram o estreito de Malaca, onde ainda se fala português, a imponente Sumatra, gigante entre anões, e dezenas (talvez centenas) de outras ilhas, projeto para uma vida inteira, se não para várias. Com as suas 17 508 ilhas, o imenso arquipélago indonésio parece território imaginário, alucinação de explorador tomado por febres tropicais. Só que não. É um mundo real, fervilhante, vivido entre as muitas rotações por minuto do trânsito caótico, sempre em ziguezague como os riquexós das cidades densamente povoadas, e o ralenti dos ritmos agrícolas, ainda preponderantes em grande parte do país. De um para o outro, a transição pode ser brusca: como o sambal, delicioso e omnipresente picante indonésio que nos mantém despertos, alerta, sempre prontos a absorver a energia poderosa deste mundo ancestral que se renova dia após dia, cruzando passado, presente e futuro num permanente vaivém.

Com 141 milhões de habitantes (mais de metade da população da Indonésia), Java é o epicentro deste mundo. Mas mais uma vez, após a aterragem, fintaremos os arranha-céus e os vendedores ambulantes, porque o verdadeiro epicentro, aqui, são os inúmeros vulcões que dominam (às vezes cruelmente) a paisagem e o modo de vida do arquipélago. Voamos ainda mais para leste, em direção ao nascer do Sol: temos encontro marcado com uma das mais fascinantes crateras do planeta, a do vulcão Ijen, no extremo oriental de Java, distrito de Banyunwangi, e queremos lá chegar a tempo de ver aparecer os primeiros raios de Sol. É de noite, dizem-nos, que ele mostra o seu lado vivo, acendendo pequenas chamas azuis que são como flashes na penumbra: só é possível vê-las na total escuridão, pelo que o relógio do hall do hotel marca exatamente meia-noite quando nos reunimos para receber o kit obrigatório para a expedição: máscara antigás e lanterna. E a aventura começa.

São 06h35 da manhã quando nos aproximamos do miradouro com vista para as magnéticas águas azuis-turquesa, enganosamente paradisíacas, desta caldeira com cerca de um quilómetro de diâmetro que se ergue das profundezas para atingir mais de 2300 metros de altitude. Para conquistarmos o direito a esta visão celestial banhada em ácido sulfúrico tivemos de percorrer o equivalente a 12,6 quilómetros entre subidas, descidas e muita inalação de enxofre. Mas o sacrifício parece pequeno quando, finda a caminhada, o nascer do Sol desvenda o espetáculo desta natureza selvagem em todo o seu esplendor. É como se voltasse ao laboratório e pudesse de novo ser testemunha do poderoso processo químico que permite a uma imagem fixar-se e revelar-se em papel fotográfico. Na cratera do Ijen, esse milagre alquímico acontece uma vez por dia, todos os dias, haja pernas para o testemunhar. Ou não necessariamente, já que quem não aguenta pode sempre chamar um táxi: os mesmos homens que vivem da dura atividade extração artesanal de enxofre disponibilizam-se para transportar em carrinhos de mão, vulcão acima e vulcão abaixo, os viajantes menos atléticos. Nos socalcos até ao lugar onde os turistas agora se apinham para ver o «fogo azul» popularizado pela revista National Geographic, eles estão por todo o lado, autênticas máquinas de subir e de descer; o seu esforço sobre-humano é outro dos espetáculos avassaladores desta jornada.

Java é considerada a ilha mais populosa do planeta, com cerca de 140 milhões de habitantes. É aqui que fica Jacarta, a capital.

Não tivemos a sorte de assistir aos famosos fogos-de-artifício azuis de que todos falam. Na madrugada em que subimos ao Ijen, nada a não ser pequeníssimas cuspidelas fosforescentes. Após um início um pouco assustador, aos tropeções e às apalpadelas num solo escorregadio, apenas com o auxílio da lanterna de cabeça e das mãos sempre prontas para uma intervenção de emergência, a ausência de clarões que deveriam iluminar a noite arrefece os ânimos do grupo. A desilusão é de pouca dura: o sol não tarda em iluminar o extraordinário espetáculo geológico que temos aos nossos pés. E haverá outras alvoradas assim até ser hora de abandonarmos Java.

Galos, Pokémons e caranguejos

Vista dos 2350 metros de altitude do Ijen, Java parece uma ilha intocada pelo tempo: uma amostra do planeta no seu estado virgem, primordial. Mas não tardaremos a saber que a Indonésia se orgulha de ser altamente tecnológica. Antes mesmo da partida já houvera a garantia de que o wi-fi estaria em todo o lado, e a chegada confirma-o: este é um país sempre ligado. Tão ligado que mais de um milhão de condutores de riquexó estão hoje ao dispor de qualquer utilizador a partir de uma revolucionária app fundada em 2010 e listada pela revista Fortune como uma das 50 empresas que mudaram o mundo. Em 2019, o universo Go-Jek já não se reduz à imensa frota de riquexós motorizados (ojek, em bahasa) nem ao serviço das entregas de comida ao domicílio. Precisamos de alguém para nos passar a roupa ou que vá por nós ao supermercado e à farmácia? Queremos bilhetes para o cinema? Crédito no telemóvel? Pagar uma conta? Saldo para os amigos? Massagens? Limpeza da casa ou do carro? Tudo isto se faz a partir do telemóvel, um conforto futurista exportado por esta start-up indonésia para vários pontos da Ásia.

Os primeiros europeus em Java foram portugueses, em 1522. Quase 75 anos depois chegaram os holandeses.

Go José Sérgio, era esta ordem que me dava a mim mesmo quando queria ir a lugares que só a mim interessavam. Ou perder-me nos labirintos dos mercados tradicionais em manhãs de calor (e suor) tropical. Foi assim que, em Yogyakarta, a icónica capital cultural e patrimonial de Java, encontrei o caminho até ao Pasty, mercado onde se compram e vendem pássaros de todas as cores e feitios que os javaneses gostam de ostentar em gaiolas à entrada das casas. Não fica longe do centro, mas o calor e a humidade transformam qualquer caminhada numa maratona. Suado como uma tampa de marmita, levanto o polegar até um táxi parar a meu lado e disparar a pergunta sacramental: «Tens Go-Jek?».

Amado pelos indonésios e odiado por muitos ocidentais, que lamentam as condições em que os animais (incluindo exemplares de algumas espécies protegidas) ali são mantidos, o Pasty é um pequeno concentrado de cultura javanesa. No seu melhor, o delicado amor pelos pássaros, um verdadeiro fenómeno de culto que perdura há séculos, e no seu mais sórdido, as lutas de galos que ali decorrem mais ou menos clandestinamente. Como sempre, as instruções do taxista revelam algum excesso de zelo. Desde que se pratiquem os cuidados básicos, o perigo é residual, até nos lugares mais esconsos. Na praceta das lutas de galos, ninguém dá importância às minhas máquinas – a plateia, exclusivamente masculina, está presa à adrenalina e ao sangue dos animais, que se submetem a meticulosos rituais de preparação antes de entrarem em ação.

Muito menos politicamente incorreto será o destino da excursão noturna, horas depois, em direção aos carros bling-bling da Praça Alun-Alun: iluminados com coloridos LED e decorados com vistosas Hello Kitty ou membros diversos da família Pokémon, estes veículos não motorizados, equipados com o seu próprio (e muito ruidoso) sistema de som, conquistam as famílias que se divertem a pedalar animadamente à volta desta praça quase sem trânsito nas noites quentes de Yogyakarta.

A ilha de Java está rodeada pelo oceano Índico e pelo mar de Java. Tem uma vez e meia o tamanho de Portugal continental.

Há outros parques de diversões monotemáticos nesta ilha, e podem estar à distância de uma corrida de riquexó. Em Banyuwangi encontrei um dos meus favoritos num restaurante especializado em caranguejos, o Ikan Bakar Pesona, à entrada da cidade. É frequentado especialmente por turistas locais, talvez os mesmos que cruzam as tranquilas estradas florestais do Parque Nacional Alwas Purwo, onde encontro savanas e mangais que reconheço da África Austral, e belas baías de coral, portos cheios de vida e praias que se diriam desenhadas para surfistas.

Pressionado pela fome que atacou enquanto explorava o mercado de Banyuwangi, guiado pelo cheiro a frutos exóticos (as bancas são outro parque de diversões para um fotógrafo), decidi acordar um dos muitos motoristas de riquexó que por ali dormitavam na parte de trás dos seus veículos, estacionados em plena faixa de rodagem, que assim fica ainda mais estreita e apinhada. O mesmo com os passeios, sempre tomados por bancas de mercado e restaurantes de rua. O trânsito pode ser toda uma nova aventura e essa aventura faz parte do charme indonésio.

No restaurante, sou o primeiro a sentar-me, junto a uma janela gigante com vista para a avenida. A perspetiva de um jantar recatado desvanece-se mal chega o primeiro autocarro de 20 e tantas pessoas, logo seguido de um grupo de cinco, e de mais um casal. O carrinho de dois andares que transporta a comida entre a cozinha e as mesas rola a uma velocidade cada vez mais estonteante. Numa dessas idas e vindas, traz o divinal caranguejo picante que escolhi entre dezenas de outras variedades do dito. Sinto que a noite está feita. Ou não, porque a equipa do restaurante topou as minhas máquinas e agora pede um retrato para o Instagram. Por agora ainda continuo a ser o fotógrafo. Não tarda passarei a ser, provavelmente, o mais fotografado dos turistas da Indonésia. E não, não acontece a todos.

Em busca das religiões perdidas

Milenar, a cultura javanesa está intimamente ligada às práticas devocionais do hinduísmo e do budismo, religiões dominantes na ilha até ao enraizamento do islão, entre os séculos XIV e XVI. Os muçulmanos estão em esmagadora maioria na Indonésia (cerca de 87 por cento da população, de acordo com um levantamento de 2010), mas o Templo de Borobudur, a maior estrutura budista do mundo, construída há mais de mil anos, continua a atrair centenas de milhares de visitantes por ano, muitos deles nacionais. Apesar da sua reconversão em atracão turística, permanece local de culto para os quase dois milhões de budistas do país cujas cerimoniosas visitas mantêm praticamente intocadas a alma e a aura de Borobudur.

Dou por isso às cinco da manhã, quando, depois de serpentear pelos jardins do complexo, me perco do grupo para seguir um sexteto de monges budistas vindos da Tailândia. Deixo-me guiar por eles através desta mandala de nove plataformas sobrepostas, seis quadrangulares e três circulares, ao longo da qual, ciclicamente, o visitante se cruza com 504 estátuas de Buda. Atendendo ao ar sereno com que vigiam a paisagem, é difícil imaginar que, durante vários séculos, estiveram perdidos do mundo, tapados pela selva e pela cinza de sucessivas erupções vulcânicas, até à sua redescoberta pelas autoridades coloniais no final do século XIX. Com o sol a raiar, é preciso saltitar entre as pernas de quem já se sentou e guardou lugar de modo a garantir a melhor vista para mais uma alvorada javanesa; o guia que entretanto perdi de vista estava certo, e de todos os ângulos, de cima e de baixo, da esquerda e da direita, Borobudur é perfeito. E não apenas para as fotografias.

O parque Ujung Kulon, os templos de Borobudur e Prambanan e o sítio arqueológico de Sangiran têm distinção UNESCO.

O dia que agora começou no maior templo budista do mundo há de acabar num dos maiores templos hindus do Sudeste Asiático. Terão sido contemporâneos, Prambanan e Borobudur; hoje partilham a classificação de Património da Humanidade da UNESCO e as atenções de inúmeros visitantes, movidos pelas silhuetas inconfundíveis destes dois monumentos. O de Prambanan começa por avistar-se em contraluz, com as configurações cónicas dos três templos centrais, dedicados a Shiva, Vishnu e Brama, a insinuarem-se à distância, irradiando o seu misterioso poder. Esse primeiro núcleo é apenas a pequena ponta deste icebergue patrimonial que contaria originalmente com 240 templos, na sua maioria hoje reduzidos a um amontoado de pedras em desordem. Quando a noite chega, um espetáculo reconstitui o Ramayana, a grande epopeia hindu, no teatro ao ar livre deste gigantesco complexo. Mas nem a mais aparatosa e cuidada produção (esta envolve cerca de 200 bailarinos) bate o pôr do Sol sobre as incontáveis pedras de Prambanan.

Uma fotografia por segundo

Talvez uma vida seja suficiente para desbravar as 1001 nuances de Java e da sua complexa e vibrante cultura. Uma semana, o tempo desta viagem à metade leste da ilha, dá para fazer uma pequena ideia das camadas de vida que a compõem. E o melhor concentrado é mesmo Yogyakarta, capital do sultanato com o mesmo nome (a região beneficia de um estatuto especial dentro da república indonésia e é tecnicamente uma monarquia). Cosmopolita, a cidade é também um pequeno potentado cultural onde tradições seculares como as marionetas javanesas, o batique (tingimento de tecido) e as orquestras de gamelão atingem o mais alto nível de execução.

Aqui há 38 montanhas que já foram vulcões ativos. O monte Semeru é o mais alto (3676 metros), o Merapi, o mais ativo.

Um dos melhores sítios para assistir a um concerto de gamelão é o palácio real (Keraton), cujo vasto complexo domina o centro da cidade, protegido pelos vistosos guardas do sultão, corpo cerimonial constituído por homens e mulheres sempre de adaga às costas. Além de residência da família real, é um centro cultural a tempo inteiro, com espetáculos regulares; o mesmo se pode dizer do Museu Sonobudoyo, cuja fabulosa coleção de marionetas de sombras (wayang) é acompanhada por apresentações em que as figuras de couro minuciosamente recortadas ganham vida. Outro ponto obrigatório, no circuito patrimonial da cidade, é o belíssimo Taman Sari, ou castelo de água, os antigos jardins reais. À entrada, as duas piscinas onde se banhavam as mulheres do harém, esperando que lhes tocasse a «sorte» de serem escolhidas pelo sultão, instalado no alto da torre. Hoje muito frequentado por turistas e casados de fresco, é também uma das portas de entrada para o acolhedor bairro de Kampung Taman, conhecido pelo artesanato (têxteis, batique e pinturas tradicionais).

A experiência mais compensadora de Yogyakarta é a de passear sem rumo pela cidade, cedendo à tentação dos seus fervilhantes mercados e restaurantes de rua, onde se come sentado no chão, mas também ao chamamento hipster dos cafés onde jovens baristas experimentam as melhores misturas a partir das variedades locais e ao espetáculo ímpar da incrível coordenação entre bicicletas, motos, carros e riquexós sempre apinhados de velhos, jovens e crianças em número acima do aconselhável. No lugar do morto, dava por mim com os pés tensos de tanto tentar travar em vão, como se pudesse ter influência no condutor e no trânsito.

O hotel Dialoog é uma das opções escolhidas em Banyuwangi.

Na Indonésia, sair à rua para fotografar, atividade que durante tantos anos pratiquei sem sobressaltos, transforma-se em sair à rua para ser fotografado: além do sorriso, os indonésios exigem sempre do forasteiro uma fotografia para a posteridade e as solicitações agravam-se quando se é um africano em Java, raridade absoluta que dá direito, grátis, a muitos minutos de fama. Não sei quantas sessões fotográficas terei realizado, mas só no grande espetáculo do Festival Gandrung Sewu, em Banyuwangi, havia mais de 1300 figurantes e uma parte nada residual dessa multidão terá posado comigo. Tenho esta fantasia de que se um dia regressar a Java e entrar à sorte na casa de uma família local hei de encontrar uma foto minha pendurada na parede da sala de estar. E com muito orgulho.


Guia de Viagem

Como ir

Indonésia
Não há voos diretos entre Portugal e a Indonésia, mas a Emirates viaja de Lisboa para Jacarta, via Dubai, todos os dias com preços desde 823 euros por pessoa, ida e volta.

Dormir

Banyuwangi
Piscina sobre a praia, quartos luminosos e abertos para o Índico, estilo elegante, simples e descontraído, sem descurar confortos como babysitting e supervisão de crianças. O Dialoog é a opção perfeita para quem quer paz e sossego nesta ponta leste de Java. Mais implantados na cidade, o Aston e o Santika são outras opções recomendáveis, até pela boa relação qualidade/preço no segmento das quatro estrelas (o Santika tem apenas três, mas não parece).

Dialoog
Tel.: +62 3332800999
A partir de 75 euros/noite.
dialooghotels.com/hotel/banyuwangi

Aston
Tel.: +62 3333383888
A partir de 28 euros/noite
astonhotelsinternational.com

Santika
Tel.: +62 21 2700027
A partir de 37 euros/noite
santika.com

Parque Nacional Alas Purwo
Na selva javanesa, os bungalows do Joyo’s Surf Camp G-Land são o alojamento ideal para quem quer cavalgar (ou contemplar) os míticos tubos da praia de Plengkung (G-Land, para os iniciados), na baía de Grajagan. Os especialistas de serviço (monitor de surf, instrutor de ioga e massagista) garantem que os hóspedes ficam em boas mãos.

Joyo’s Surf Camp G-Land
Tel.: +62 361763166
A partir de 33 euros/noite
g-land.com

Borobudur
Com vista para um templo classificado pela UNESCO e para as colinas que o rodeiam, o Plataran Borobudur Resort & Spa não podia estar mais bem situado. Este impecável cinco estrelas, construído no máximo respeito pela arquitetura local, não se limita a viver à sombra da sua imbatível localização: o serviço é excelente e há todo um menu de experiências à espera de quem chega, incluindo massagens personalizadas, aulas de olaria e de culinária, passeios de bicicleta e caminhadas pelas plantações de chá.

Plataran Borobudur Resort & Spa
Tel.: +62 293788888
A partir de 206 euros/noite
plataran.com/

Yogyakarta
A capital cultural de Java tem vasta oferta hoteleira. Deixamos duas dicas: o Alana, ótimo quatro estrelas com generosa piscina e mimos especiais para as crianças, e o Adhisthana, pequeno hotel cheio de bom-gosto (e a preços muito módicos) num tranquilo bairro residencial.

Alana
Tel.: +62 274888800
A partir de 45 euros por noite
alanahotels.com

Adhisthana
Tel.: +62 274413888
A partir de 22 euros por noite
adhisthanahotel.com

Comer

Banyuwangi
Caranguejo, caranguejo, caranguejo. Famoso pelas maravilhas que faz com o crustáceo (embora a carta inclua outras especialidades do mar), o Ikan Bakar Pesona é um delicioso restaurante recomendado (e frequentado) pelos habitantes locais. Outro fenómeno de popularidade é o Osing Deles, tão famoso pela comida como pelo karaoke (e pelos cocktails sem álcool). Fora da cidade, o Rumah Makan Apung Kertosari serve cozinha local num ambiente especial: as mesas estão em palafitas à volta de um lago cheio de nenúfares e de patos.

Ikan Bakar Pesona
Tel.: +62 82331683252
Preço médio: 12 euros
facebook.com/ikanbakarpesona

Osing Deles
Tel.: +62 82210068615
Preço médio: 30 euros
osingdeles.com

Rumah Makan Apung Kertosari
Tel.: +62 82332205817
Preço médio: 18 euros
facebook.com/rumah-makanapung-kertosari

Yogyakarta
Para os mais destemidos, os estaminés de comida de rua à volta do mercado Beringharjo são a melhor introdução à comida javanesa, cheia de sabor (e de picante, ou sambal, como ali se designa). Os restaurantes ao longo de Jalan Malioboro, principal rua comercial da cidade, são recomendáveis, a menos que não goste de se sentar no chão. Se faz questão de uma cadeira, os três restaurantes da cadeia Madam Tan são boas opções. No bairro histórico de Kotagede, o Omah Dhuwur serve gastronomia javanesa num edifício de inspiração colonial.


Agradecimentos

Emirates


Reportagem publicada originalmente na edição de abril de 2019 da revista Volta ao Mundo, número 294.


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