Uma base submarina construída pelos alemães em 1941, durante a II Guerra Mundial, é hoje parte importante da paisagem cultural da cidade de Bordéus. Descubra mais na fotogaleria acima.

As docas de Bordéus, outrora ocupadas pelos submarinos alemães, estão a ser transformadas na Bassins de Lumières com áreas de exposição que tiram partido das dimensões do lugar, mas também da tecnologia que permite hoje mostrar arte de uma forma mais interativa e que neste caso significa a utilização de 90 projetores de vídeo e 80 altifalantes.

Os dois espaços principais, Le Cube e La Citerne, com oito e sete metros de altura, respetivamente, vão receber ciclos de exposições pensados para quem gosta de arte clássica mas também contemporânea. A exposição principal de abertura intitula-se Gustav Klimt: Gold and Colour e é dedicada ao pintor, músico e professor austríaco.

A exposição reflete um século de pintura vienense e olha de forma original para a obra de Gustav Klimt e dos seus sucessores com apresentação de retratos, paisagens, nus e cores mostrando o seu papel revolucionário na transição para a arte moderna. Estarão representadas, por via de projeções, obras tão emblemáticas como O Beijo, inserido no ambiente da Viena Imperial do final do século XIX.

Uma outra exposição será dedicada ao artista alemão Paul Klee, numa mostra imersiva com base nos seus trabalhos abstratos e cheios de cor, levando os visitantes à abertura de uma ópera numa cidade imaginária num concerto subaquático entre peixes coloridos e ao ritmo das suas estruturas geométricas.

Bassins de Lumièes, Bordéus
Abertura: 17 de abril de 2020
Web: bassins-lumieres.com

Imagem de destaque: Culturespaces – Nuit de Chine; Akg Images/Erich Lessing; Heritage Images/ Fine Art Images

Artigo publicado originalmente na edição de fevereiro de 2020 da revista Volta ao Mundo, número 304.

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