O planeta místico dos Balcãs está a perder parte da graça. As histórias de barbudos mafiosos a cada esquina não se confirmam, os condutores não conduzem pior do que o português cheio de pressa e a pobreza franciscana não nos entra pelos olhos.
Texto de Santiago Sales Batista
«Ei Liam, vem e sê raptado pela nossa espetacular costa e sorriso amigável», diz o ministro albanês do Turismo e Ambiente, Blendi Klosi, no vídeo de controverso gosto escolhido pelas autoridades do país para promover o turismo. Pela Europa fora – ou melhor, naqueles países da Europa onde os cidadãos não só sabem onde se situa a Albânia, como até a frequentam nas férias – leram-se comentários jocosos à estratégia do governo de usar a imagem de criminalidade associada ao país como mote para o chamamento de turistas. Enfrentando as balas do estereótipo como um Rambo dos Balcãs, mas com o sorriso como arma, as entidades oficiais até fazem um apelo ao turismo, a grande fonte de crescimento económico recente, com um filme chamado Seja Raptado pela Albânia, usando parte do argumento do filme Taken em que Liam Neeson perseguiu e eliminou (desculpem o spoiler) o mafioso albanês que lhe raptou a filha.
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Reportagem publicada originalmente na edição de abril de 2020 da revista Volta ao Mundo, número 306.
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