Planeie a próxima viagem com um copo de vinho na mão e inspire-se na história que conta. Na África do Sul, como na Argentina, na Alemanha ou em França, o cultivo do vinho mistura-se com o passado e a cultura locais. Conhecer as diferentes castas, as quintas ou os métodos de produção são boas desculpas para uma viagem. Ainda é difícil saber o que vai estar aberto este mês, ou quanto vão custar voos e hotéis, mas ficam já sugestões para começar a pensar nisso. Até lá, vá viajando num copo de champanhe, de xerez, de um Malbec argentino ou de um Riesling alemão. À nossa!

Texto de Cláudia S. Carvalho

Champagne-Ardenne

É na região francesa de Champagne-Ardenne que é produzido o vinho que em quase todo o mundo se associa a celebração. Há muitos vinhos, e de qualidade, que utilizam métodos semelhantes, até em Portugal, mas nenhum deles pode ostentar o nome daquele que é provavelmente, o mais famoso em todo o mundo, o Champagne. Aliás, não contando com a pandemia que nos trocou as voltas, vale a pena lembrar que, a cada dois segundos, se abre uma garrafa destas algures no mundo e que, todos os anos, se bebem cerca de 3 mil milhões de taças. Visitar a região no nordeste de França é a melhor forma de entender o que está por trás desta bebida que parece mexer com os nossos sentimentos, a começar pelos seus séculos de história. Sendo uma designação de origem demarcada, os únicos vinhos considerados estão na zona entre Reims e Epernay e necessariamente feito com base em três castas: Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay. O segredo está essencialmente no processo de fabrico, que remonta ao século XVII, pelas mãos de monges. É essa viagem, também no tempo, que se pode fazer nas adegas da região.

O turismo está muito desenvolvido e várias quintas ostentam o selo «Point d’accueil» que identifica adegas e produtores que recebem e informam visitantes. Há grandes produtores e outros quase artesanais, marcas conhecidas e outras que só os especialistas reconhecem. O mais fácil é seguir uma das cinco rotas com audioguia a que pode aceder gratuitamente no site do turismo. Muito popular na região são longos passeios de bicicleta que pode combinar com as visitas às caves, mas cuidado com a condução.
tourisme-champagne-ardenne.com

Onde ficar
Os alojamentos vão desde o luxuoso Hôtel-Restaurant L’Assiette Champenoise da cadeia Relais & Chateaux e cujo restaurante do chef Arnaud Lallement ostenta 3 estrelas Michelin, aos mais simples parques de campismo onde pode ficar numa típica roulote antiga como a La Roulotte des Elfes

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