A ministra da Indústria, Comércio e Turismo de Espanha afirmou hoje que a temporada de verão será «complicada», sublinhando que não é expectável que os turistas estrangeiros «cheguem em massa» após a abertura das fronteiras.
Em declarações à Rádio Nacional de Espanha (RNE), Reyes Maroto não descartou a possibilidade de realizar testes de despiste à covid-19 aos turistas.
A governante pretende ainda convocar uma reunião da Comissão Setorial para abordar o tema da reabertura de fronteiras, tomando as medidas necessárias para garantir que não se verifiquem novos surtos.
A ministra notou que Espanha começa agora a pensar na recuperação pós pandemia, um processo que irá decorrer com cautela e através do reforço dos protocolos em colaboração com as comunidades autónomas.
Reyes Maroto indicou também que Espanha é um país pioneiro no que se refere à abertura de corredores turísticos, o que permite recuperar alguns turistas e testar os protocolos nos aeroportos e portos.
A ministra da Indústria, Comércio e Turismo de Espanha reiterou que o verão será uma época complicada, uma vez que é necessário recuperar a confiança dos turistas.
Porém, ressalvou que, por exemplo, com a abertura do corredor turístico nas ilhas balneares, as reservas nos hotéis foram animadoras.
«Esperamos ter cumprido bem os nossos deveres e que as pessoas tenham vontade de viajar, uma vez que dependemos do consumo e ainda não sabemos como é que ele vai evoluir», referiu.
Questionada sobre a possibilidade de colocar em quarentena os turistas britânicos, Reyes Maroto assegurou que o Governo está em diálogo permanente com o Reino Unido, à semelhança do que acontece com o resto dos países do espaço Schengen e fora da União Europeia.
A reabertura total das fronteiras de Portugal com Espanha decorre em 01 de julho.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 450 mil mortos e infetou mais de 8,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Lusa