Da Galiza à Andaluzia e da Catalunha às Canárias. São 25 destinos distribuídos pelas 17 comunidades autónomas. Parques naturais, património histórico, tradições, neve e praia, sem esquecer a gastronomia. Não faltam boas razões para (re)descobrir Espanha.
Mais informações em spain.info

Andaluzia

Pelo caminho do rei
A paisagem é literalmente de cortar a respiração e o percurso também. Em tempos considerado um dos mais perigosos do mundo, só os grandes aventureiros se atreviam a explorar, por vezes com acidentes fatais. Por isso o caminho original – que deve o seu nome a Alfonso XIII – esteve encerrado e reabriu em 2015, com as devidas condições de segurança. Hoje só é desaconselhado a pessoas com vertigens pois, dos seus 7,7 quilómetros, quase três são cumpridos em passadiços de madeira a cerca de cem metros sobre o desfiladeiro dos Gaitanes. Uma experiência única, que, com sorte, dá para espreitar espécies que por aqui habitam, como a águia-real, a raposa ou a cabra-montesa. Optar por uma visita guiada permite ainda aprender sobre os vestígios do Neolítico presentes na área, entre muitos outros detalhes que fazem do Caminito del Rey um lugar excecional – e daí a preparação em curso da candidatura a Património Mundial. Visitá-lo demora em média 2h30 e convém adquirir antecipadamente as entradas online (10€ ou 18€, com guia). Fica a cerca de 60 quilómetros de Málaga.
>> caminitodelrey.info

Elrocío e o Parque Doñana
A uns cem quilómetros de Faro, El Rocío é uma aldeia diferente, com estradas de terra, adequadas ao transporte predominante, o cavalo, fazendo lembrar o Velho Oeste. Recebe visitantes durante todo o ano que procuram a Ermida da Virgem de Rocío, alvo de uma das maiores romarias de Espanha no dia de Pentecostes (neste ano a 31 de maio), que impressiona até quem não é religioso. Fica junto ao Parque Nacional de Doñana, detentor de uma biodiversidade única na Europa, com áreas de montado, marisma, dunas e quilómetros de praias praticamente virgens.
>> andalucia.org

Aragão

Viagem no tempo em Saragoça
Proporciona um passeio por dois mil anos de história, tal é o legado que exibe, do Teatro Romano ao Palácio da Aljafería, um dos edifícios mais relevantes da arquitetura hispano-muçulmana do século XI, declarado Património UNESCO – assim como a Catedral de San Salvador, que combina desde o estilo românico ao neoclássico. Também incontornável é a Basílica de Nossa Senhora do Pilar, santuário mariano com frescos de Francisco de Goya, nascido e criado na região (há uma Rota de Goya para quem queira ver outras obras). A não perder a Fiesta del Pilar, em outubro, que durante dez dias anima a cidade.
>> zaragoza.es

Astúrias

Parque Nacional Picos da Europa
Com 14 cumes acima dos 2600 metros e visíveis do mar por distarem dele apenas 15 quilómetros em linha reta, montanhas e penhas como Torrecedo, Urriellu ou Naranjo de Bulnes formam os Picos da Europa, assim chamados pelos marinheiros, desde a antiguidade, que viam nestes maciços graníticos o sinal seguro de que o porto de abrigo estava próximo. Nas pequenas praias da costa asturiana e nas povoações contíguas, como Niembru e Barro ou Llanes, passam-se dias amenos, a ganhar cor ao sol e a regar o peixe fresco e os moluscos com a sidra autóctone, produzida nas sidrerías artesanais, abertas a visitas. Em terra, a distância do mar à montanha diverge da aparência em linha reta: entre curvas e contracurvas leva-se mais de 1h30 de carro até à localidade de Bulnes, onde a estrada termina. Para aceder aos picos é preciso caminhar pelos carreiros assinalados que atravessam os campos. A ascensão à Vega do Urriellu desde Bulnes demora umas quatro horas a pé e, uma vez lá em cima, há que contar com quase outro tanto para descer. Ida e volta são 18 quilómetros. A alternativa para ver o imponente Naranjo de Bulnes de perto é guiar até Fuente Dé e subir os 753 metros no teleférico para passear no planalto. Vale muito a pena.
>> parquenacionalpicoseuropa.es

Há 14 cumes acima dos 2600 metros de altitude que, em linha reta, distam apenas 15 quilómetros do mar. Os seus nomes foram dados pelos marinheiros que desde a antiguidade os viam como sinal de porto seguro.

Ilhas Baleares

Menorca, bem conservada e festiva
As Reservas da Biosfera são territórios reconhecidos pelo equilíbrio entre a natureza e a atividade humana e só conseguem esta classificação as terras que compatibilizam a conservação dos recursos naturais com a permanência das populações e dos seus hábitos culturais. Menorca, a ilha mais a norte das Baleares, parece ser o epítome desta definição. A declaração da UNESCO em 1993 abrandou o ritmo de exploração turística das praias e hoje existem empreendimentos de qualidade e boa parte da ilha tem retorno económico das atividades tradicionais como a pesca e a agricultura, cada vez mais sustentáveis, da cultura local com a conservação do património edificado e do imaterial, como a língua (um catalão insular com algumas nuances), a música e a dança. Povo que mantém as tradições festeja a identidade. A mais típica das festas é a de El Castell, em julho, com procissão a cavalo, cabeçudos e bailes de roda. O verão é animado por festas maiores, da Ciutadella a Maó onde se ouvem cançonetas, baladas e canções de trabalho. Imperdível também o roteiro pelos vestígios bem conservados dos talaióticos, povo que a habitou entre 1400 e 1000 a.C.
>> biosferamenorca.org

As ilhas de Menorca e Formentera, que fazem parte do arquipélago das Baleares, são tradicionalmente destinos de praia e sol, mas guardam também uma importante reserva da biosfera.

A banhos em Formentera
Tem praias de areia branca e mar turquesa a fazer lembrar as caribenhas, algumas muito badaladas, como Los Illetes, mas também há lugares onde reina a calma, como o pequeno ilhéu Espalmador. Também tem bons restaurantes, como o famoso Es Moli de Sal; sunset parties animadas; mercados tentadores, como o de artesanato de La Mola ou o hippie de Es Pujols, por sinal um dos locais com maior animação noturna. Entre mergulhos há muitos passeios a fazer, seja para ver de perto os faróis Cap de Barbaria e La Mola seja para explorar algumas das mais de trinta rotas «verdes» da ilha. É difícil não trazer boas recordações.
>> illesbalears.travel

País Basco

A arte dos Pintxos
Uma das características diferenciadoras da gastronomia basca, os pintxos são semelhantes às populares tapas mas diferem tradicionalmente por terem uma fatia de pão como base. Hoje há-os de todos os estilos – quentes, frios, clássicos, criativos e sofisticados, até inspirados em obras de arte – e a sua importância é tal que um congresso temático reúne anualmente várias dezenas de cozinheiros (como o chef Michelin Sergio Arola). Da edição 2019 resultou um muito útil guia dos estabelecimentos que servem os melhores pintxos da região.
>> laguiadepintxos.com
>> turismo.euskadi.eus

Catalunha

Natureza e paella no Delta do Ebro
Situado a cerca de 150 quilómetros de Barcelona, foi criado em 1983 como Parque Natural do Delta do Ebro e a UNESCO classificou os seus 80 quilómetros quadrados como Reserva Natural da Biosfera em 2013. Não é para menos: o rio, o mar, as dunas, os canaviais, as lagoas salgadas, os arrozais e os mouchões albergam no seu conjunto mais de 700 espécies vegetais, 400 animais, 95 das quais aves migratórias que fazem deste lugar uma das colónias de reprodução mais importantes do Mediterrâneo. A atividade humana resume-se ao cultivo artesanal do arroz e ao turismo. Os viajantes são convidados a conhecer as paisagens de barco e um cruzeiro de um dia é o ideal para descobrir esta região tão especial. A monda artesanal do arroz é uma atração cada vez com mais adeptos, sendo possível, por vinte euros, meter os pés descalços na lama, ceifar e limpar manualmente o arroz. O programa só fica completo com uma paella de peixe e lagostins acabados de apanhar no rio Ebro. A Casa Nuri, na ilha de Buda, é uma ótima ideia para este almoço pois serve saborosa comida tradicional.
>> terresdelebre.travel

Baqueira-Beret, com neve ou sem ela
A famosa estância de neve do Pirenéu catalão – até por ser frequentada pela família real e celebridades internacionais – abre a época 2019-20 com novidades, destacando-se a nova pista vermelha Eth Coret. Assim, tem agora 112 pistas e três itinerários fora de pista, num total de 167 quilómetros esquiáveis. São boas notícias para os esquiadores mas este é um destino atrativo durante todo o ano, para caminhadas e passeios de bicicleta ou apenas para escapar ao calor: a telecadeira Blanhiblar, que atinge os 2200 metros, funciona no pico do verão.
>> baqueira.es

Madrid

Arte para todos
Já se sabe que o Paseo del Arte é de visita obrigatória pois em pouco mais de um quilómetro reúne três importantíssimos museus, o Reina Sofía, o Thyssen-Bornemisza e o Prado – a comemorar o seu bicentenário – e que há muitas outras instituições culturais para (re)descobrir na cidade. A essa vasta oferta veio agora juntar-se a Fundación María Cristina Masaveu Peterson, cuja exposição inaugural, Colección Masaveu. Pintura española del siglo XIX, oferece um percurso que começa com Goya e se estende até ao pós-modernismo catalão, num total de 117 obras. Pode ser vista até dezembro de 2020. Novidade mais modesta mas digna de nota é a Poko Spacio, uma pequeníssima galeria na Puerta del Sol (nº 12) que exibe mostras de fotografia de profissionais consagrados ou artistas emergentes e doa parte das entradas para uma instituição de apoio a crianças com cancro. Num registo diferente, Juego de Tronos: La Exposición Oficial é imperdível para os fãs da série: conteúdo multimédia e espaços interativos, guarda-roupa original, cenários e o famoso trono. Na IFEMA até 15 de março.
>> esmadrid.com

Capital Gastronómica
Depois do Madrid Fusión, em Janeiro, onde reputadíssimos chefs apresentam novidades e tendências chega, de 7 a 23 de fevereiro, o Gastrofestival, organizado pelo próprio Madrid Fusión e a Câmara madrilena: estarão disponíveis menus especiais em restaurantes selecionados (desde 25 euros), degustações, workshops (inclusive para crianças) e até visitas aos principais museus sob o tema «A gastronomia na arte».
>> gastrofestivalmadrid.com

Canárias

Parque Nacional do Teide
O Teide é uma das montanhas mais altas da Europa, embora esteja situada na ilha de Tenerife, mais próxima de África. São 3718 metros até ao cume e para subir é preciso reservar com muita antecedência pois há limitação de acessos diários. Mesmo que não se suba ao pico, os caminhos que começam na estação teleférica superior, chamada popularmente de La Rambleta, são uma boa amostra do que é o vulcão. Primeiro porque o ar é rarefeito e as tonturas e o cansaço surgem logo à saída do teleférico. Depois porque os percursos assinalados para pontos como o Pico Viejo ou a Fortaleza são igualmente espetaculares, com lava seca, pedras negras, poucas plantas e uma vista muito elevada que cria a sensação de se ver a curva do mundo. Tenerife é a maior das ilhas Canárias, mesmo assim, de qualquer ponto consegue aceder-se à estação inferior do teleférico em menos de hora e meia. Vale a pena escolher o caminho da encosta norte da ilha, partindo de Orotava, de onde se percebe toda a altura deste colosso rochoso.
>> volcanoteide.com

Poucas horas de voo separam a cosmopolita Madrid do arquipélago das Canárias, onde encontramos praias de que se pode usufruir durante quase todo o ano e um vulcão com 3718 metros de altura.

A Lunar Lanzarote
Quem procura calma e silêncio pode encontrá-los nesta ilha com cenários surpreendentes, de aspeto lunar pelas crateras e vales de lava solidificada e a quase ausência de vegetação. É uma paisagem espetacular e especial, por isso mesmo classificada Reserva da Biosfera pela UNESCO. Ao Parque Nacional de Timanfaya, com grande variedade de formas vulcânicas, e ao Parque Natural Chinijo, refúgio de muitas aves marinhas, juntam-se na lista de atrativos praias como a Papagayo, de areia branca e água cristalina, bem como a casa (visitável) onde José Saramago residiu nos últimos dezoito anos de vida.
>> holaislascanarias.com

Cantábria

Gruta de Altamira
Nada melhor do que um comentário que Pablo Picasso para recomendar esta visita: «Depois de Altamira tudo é decadência.» Trata-se de uma das melhores mostras de arte rupestre pré-histórica, com desenhos de bisontes, cavalos, veados, por exemplo, com cerca de 14 mil anos, classificada Património da Humanidade. Por motivos de conservação, está aberta ao público uma reprodução minuciosa no Museu de Altamira, ali ao lado, mas há quem consiga entrar na original pois todas as sextas-feiras são sorteados cinco visitantes que estejam no museu antes das 10h30.
>> culturaydeporte.gob.es

Castela e Leão

Sítio Real da Granja de San Ildefonso
O rei Felipe V de Espanha, nascido em Versalhes em 1683, sempre quis ser rei de França. Não podendo juntar as duas coroas, por razões legais e tratados de paz, chegou a abdicar do trono castelhano a favor do seu primogénito Luís quando se abriu a possibilidade de ser aclamado rei da Gália. As esperanças goradas e a morte prematura de Luís I de Espanha fazem Felipe V regressar ao trono original e é nesse segundo reinado que nasce o Sítio Real da Granja de San Ildefonso, um conjunto arquitetónico feito à imagem do Palácio de Versalhes. Trata-se de um sumptuoso palácio barroco, cheio de colunas, cristais e mármores, num projeto dos arquitetos Ardemans, Procaccini e Juvarra. Também os jardins parecem uma imitação bem conseguida:nos seus 146 hectares existem 26 fontes monumentais, abastecidas por um reservatório ao ar livre, que além de ornamentarem regam os labirintos de buxo, o jardim romântico e o bosque.
>> turismorealsitiodesanildefonso

Longe do litoral há muito para descobrir, da imponente Granja de San Ildefonso, inspirada em Versalhes, ao imaginário das aventuras de Dom Quixote de la Mancha.

Burgos, a catedral e folclore
Foi capital do reino de Castela e Leão durante cinco séculos e distingue-se pela sua catedral, uma das principais obras do gótico espanhol, quase a cumprir 800 anos. O aniversário acontecerá em julho de 2021 mas a celebração, organizada por uma comissão de que faz parte a Casa Real, já está em curso e inclui múltiplos eventos divulgados em catedraldeburgos2021.es. A não perder, também o reconhecido Museo de la Evolución Humana e eventos como o Festival Internacional de Folclore, que se realiza em julho na Plaza de San Juan e reúne artistas de vários pontos do mundo.
>> aytoburgos.es/turismo

Rota de Dom Quixote
Uma das obras mais famosas e traduzidas da história da literatura constitui um excelente mote para partir à descoberta desta região. Seguir os passos de Dom Quixote de La Mancha, a popular personagem criada por Miguel de Cervantes no século XVII, passa pela belíssima cidade de Toledo, Património Mundial da Humanidade; por Esquivias, com o Museu-Casa de Cervantes; por Consuegra e os seus doze moinhos de vento bem preservados, todos com nomes ligados ao livro, destacando-se o Sancho,ainda com o mecanismo do século XVI; e pelo Campo de Criptana, outra localidade dominada por moinhos que, segundo os entendidos, é o verdadeiro cenário da luta contra os «gigantes». El Toboso, terra de Dulcineia, «a mais bela mulher do mundo» para o Cavaleiro da Triste Figura; e Ciudad Real, que entre os seus atrativos conta com o Museo del Quijote, são outras etapas desta rota. Pelo caminho há que provar a saborosa gastronomia regional, sem esquecer o afamado queijo manchego, e quem quiser comprar lembranças típicas encontra-as nas lojas de cerâmica. Recordações mais originais são as espadas de todos os tamanhos e feitios, desde modelos quixotescos aos inspirados n’ O Senhor dos Anéis, que abundam em Toledo.
>> turismocastillalamancha.es

A natureza entra por todos os sentidos adentro. As ilhas Cíes são um pequeno paraíso selvagem ao largo da Galiza. Segundo o jornal The Guardian é aqui que está a praia mais bonita do mundo

Galiza

Ilhas Cíes, paraíso na terra
Nestas três ilhas – Monteagudo, Faro e São Martinho – que protegem a ria de Vigo não há estradas asfaltadas, apenas caminhos de betão ou de terra batida. Na mais a sul, a de São Martinho, é mesmo difícil pernoitar a não ser que se seja tripulante de um barco pois nem sequer no pino do estio há rotas regulares de ferryboats. É um cenário de natureza quase pura. Nas duas outras ilhas existem já estruturas, como um parque de campismo, bares e restaurantes de apoio aos veraneantes que se dispõem a fazer a reserva com antecedência (necessária pois o acesso é limitado) para passar uns dias quase sem internet nem rede de telemóvel. A natureza agreste entra por todos os sentidos adentro, sendo possível ter dias de sol e presumir tempestades em agosto, ver ao vivo aves de rapina a atacarem ninhos de gaivotas indiferentes à presença humana, mergulhar nas águas sempre frias e transparentes e ter encontros imediatos com uma imensa variedade de peixes. A praia mais bonita do mundo fica aqui, é a das Rodas, segundo o jornal The Guardian, mas a verdade é que todo o arquipélago merece classificação idêntica.
>> turgalicia.es

Santiago de Compostela
Importantíssimo lugar de peregrinação, com crentes de todo o mundo a visitar a catedral, última meta do Caminho de Santiago que é também o mais significativo edifício do românico em Espanha, e detentora de um centro histórico classificado Património Mundial, a capital galega tem outros atrativos. Podem destacar-se a programação cultural de espaços como a moderna Cidade da Cultura – que já inaugurou uma exposição no âmbito do Jubileu 2021 –, eventos como as grandes Fiestas del Apóstol Santiago, em julho, e a reconhecida gastronomia, com saborosos pratos de peixe e marisco, entre outros.
>> santiagoturismo.com

La Rioja

A arte do vinho e o vinho na arte
Há vinhos que têm nomes de terras mas esta terra tem nome de vinho. Aqui ele é um modo de vida ancestral, uma cultura que se pode conhecer, por exemplo, visitando algumas das mais de cem adegas (das 500 da região) abertas ao público. Há-as bem tradicionais, como El Fabulista, com uma cave a sete metros de profundidade no centro da povoação medieval Laguardia, outras são muito modernas, desenhadas por arquitetos de renome, como é o caso da Ysios, assinada por Santiago Calatrava. Zaha Hadid também está representada com o design da loja da Bodega López de Heredia, em Haro, e Frank Gehry, criador do Museu Guggenheim de Bilbau, projetou para as Bodegas Marqués de Riscal o hotel de cinco estrelas com o mesmo nome, em Elciego. Sob um artístico telhado feito de placas de titânio acolhe, além dos 43 quartos, um restaurante com uma estrela Michelin e ainda um spa com tratamentos à base de uvas. Obrigatório para saber mais sobre vinho e arte é o Museo Vivanco de la Cultura del Vino, em Briones.
>> lariojaturismo.com

Navarra

De Hemingway à… bruxaria
As rotas temáticas são boas opções para descobrir regiões e esta não é exceção. Uma forma interessante de conhecer parte de Pamplona, a capital, é fazer a Rota de Hemingway, que no seu livro Fiesta imortalizou as tradicionais Fiestas de San Fermín. Mais original é a etnográfica Rota da Bruxaria: quatro itinerários de automóvel levam os visitantes a lugares cerimoniais, um palácio medieval onde as bruxas eram presas e ao Museo de las Brujas, por exemplo. Até há uma Semana da Bruxaria, de 17 a 20 de julho, em Bargota, com espetáculos e atividades para toda a família.
>> turismo.navarra.es

Extremadura

Museu Nacional de Arte Romana
Projetado pelo arquiteto Rafael Moneo, este museu de proporções gigantes preserva importantes peças da civilização romana, nomeadamente esculturas, pinturas, mosaicos, cerâmica e moedas. «Fabuloso» é uma das palavras às vezes usadas para o classificar e, portanto, constitui certamente um bom motivo para viajar até Mérida –tal como o Festival de Teatro Clássico, que todos os anos se realiza em julho e agosto tendo por cenário o teatro romano datado de finais do século I a.C., mais um dos muitos lugares em Espanha presentes na lista do Património Mundial da UNESCO.
>> turismomerida.org

Trujillo, natureza e queijo
A cerca de 170 quilómetros da fronteira e a 45 de Cáceres, a pequena Trujillo revela-se um destino apelativo e diversificado. Primeiro devido ao seu património, destacando-se a Igreja de Santa María la Mayor e o «castelo», na verdade uma fortaleza chamada Alcazaba (que serviu de cenário a A Guerra dos Tronos). Em segundo lugar porque fica a uma meia hora do Parque Nacional de Monfrague, Reserva da Biosfera da UNESCO. E, finalmente, porque os apreciadores de queijo encontram na feira que se realiza no início de maio, na Plaza Mayor, cerca de 500 variedades para provar.
>> turismoextremadura.com

Múrcia

Costa Cálida
Os seus 250 quilómetros constituem uma das boas razões para visitar esta região. Com uma designação que põe em evidência os mais de 300 dias de sol anuais, bem como a convidativa temperatura das águas mediterrânicas e do mar Menor, o maior lago de água salgada da Europa, é um destino especialmente atrativo para quem quer apanhar sol e praticar desportos náuticos como esqui aquático, windsurf, vela ou mergulho. Também proporciona uma boa oportunidade para comer frutos e vegetais de qualidade e perceber porque é que Múrcia é conhecida como «horta de Espanha».
>> murciaturistica.es

Valência

Morella, património e trufas
Quase dois quilómetros de muralhas coroadas pelo castelo e o Convento de San Francisco, do século XIII, são lugares a descobrir nesta pequena cidade situada no norte da Comunidade Valenciana, a cerca de sessenta quilómetros da costa. Acrescem as pinturas rupestres de Morella La Vella, Património Mundial, e o Santuário da Virgem de Vallivana, a uma vintena de quilómetros e alvo de romaria no primeiro sábado do mês de maio. Visitas a Morella que tenham lugar entre janeiro e meados de março ganham um sabor especial: é a época da trufa preta, aqui conhecida como «diamante negro da gastronomia».
>> morellaturistica.com


Reportagem publicada originalmente na edição de dezembro de 2019 da revista Volta ao Mundo, número 302.

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